Luanda - O suposto Reverendo portou-se da pior forma possível. Mas, em meu entender, salvo melhor opinião, tal ocorreu com a forte comparticipação dos demais intervenientes ao debate.

Fonte: Club-k.net

A começar pelos seus colegas de painel - também Pastores - passando pela Zimbo (toda ela porquanto os temas e convidados são/deveriam ser encontrados na reunião de pauta) com realce, na culpa, ao seu Director, Francisco Mendes, profissional que muito admiro e respeito. Mas, sobre a comparticipação de cada um no escandalo já volto a falar e justificamente.

 

Durante o debate e/ou campanha, postei uma opinião bem resumida sobre o posicionamento do suposto (assim mesmo) suposto Reverendo que diz se chamar Antunes Huambo.

 

Fi-la, no ferver dos nervos, pois se estava diante de algo inusitado e insuportável a todos os níveis, mas não é por isso que a revogo agora.

 

Mas, agora e pausadamente, sinto-me na obrigação (moral, no caso) de tecer outra opinião com maior abrangência, embora partindo dos mesmos fundamentos analíticos.

 

Huambo, para mim, é e/ou foi um atentado a tudo quanto se possa imaginar na necessidade de uma saúde mental que parte do exterior. E, sobre a postura dele nada menos grave esperava se olhar para a passagem do homem numa das Administrações Municipais na terra do progresso (visto apenas nos discursos), onde ocupou a pasta de Administrador Municipal mesmo sendo Pastor e, por isso, incompatível!

 

Do seu "ruído" já habitual para quem o acompanhe, fundamentalmente quando está diante de microfones, nada posso dizer, a não ser que repita, aqui e agora, as mesmas asneiras do ponto de vista religioso e até político onde, como disse dias atrás o ilustre Deputado, Raúl Danda, "em política um pouco de ética faz bem.

 

Gostaria imenso não ter sido educado a não repetir asneiras, no conto das ocorrências sob pena de magoar, novamente, o ofendido, no caso, a oposição que nos termos mais banais foi levada ao chão!

 

Mas, da boca do suposto reverendo não sairam boas palavras. (Mas não mesmo). Aliás, é habitul. É só lembrar o que dissera, em 2013, aquando da sua passagem ao programa " A HORA DAS PERGUNTAS" ( já não me lembro se é das ou da pergunta), da Rádio Despertar.

 

A proposito da Despertar - e abro um parenteses - vi um texto aqui no facebook que relatava que a mesma entrevista foi retomada, hoje, 18/01, na Despertar - presumo que o tenham feito para contrapôr o que ele disse na Cim (um outro jornalismo deplorável carente de visão técnica e sabia do ofício e da própria política.

 

Mas, também sei que tal terá sido pensado, infelizmente, por um político mediocre e imperado a um jornalista, igualmente, mediocre para fazer um serviço das mais mediocridades que se ouviram, como disse há dias, Alexandra Simeão, a respeito daquele serviço, embora tenha falado no sentido global.

 

Mediocres (o jornalista e o político) porque se tivessem optado por uma análise elástica teriam, por exemplo, recorrido a pessoas que trabalharam com o Huambo na Administração de onde foi expulso por desvios de fundo públicos e teriam, em meu entender, facturado mais contra o homem.

 

Agora e se permitirem, retomo aquela conversa da comparticipação do escandalo. O escandalo de Antunes!

 

Entendo e disse acima que o escandalo contou com a comparticipação, em primeiro lugar da Zimbo. Pois, antes do convite - e é assim que acontece em todas as redações organizadas como a da Zimbo, presumo - os temas são levantados e depois procurados perfis que se enquadrem na matéria. Ponderando, antes demais, todos os elementos contra e a favor destes.

 

Neste estágio e olhando para o historico do suposto reverendo (incluindo a superficialidade com que aborda questões importantes), tinha tudo para que a sua presença, no mínimo, fosse chumbada à nascença. Não o tendo feito, comparticipou, em meu entender, salvo melhor opinião, nas asneiras que vimos, ouvimos e com elas gritamos contrariamente...

 

Ainda sobre a Zimbo, (agora na pessoa do moderador) sou de opinião que tinha tudo para evitar que Antunes Huambo (não sei se é do Huambo ou mera coincidência), fizesse campanha a favor do maioritário, a quem espera mais nomeação. Não o fez e , por isso, há legitimidade de pensarmos que consentiu.

 

Quanto aos outros companheiros de painel defendo que comparticiparam ao consentirem o sofrimento no silêncio com o agravante de a situação deterior a pálida imagem que ostentam (fiquei com pena do Ntony Nzinga). Consentiram porque a melhor repulsa que revelariam contra a Zimbo e o Huambo em pessoa seria, pelo menos, o abandono do estudio.

 

Não o fizeram, todos, chegaram à situação de como eles comparticiparam nas asneiras de Antunes Huambo.

*JORNALISTA
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