Luanda - O Serviço de Investigação Criminal (SIC) apresentou nesta quarta-feira, em Luanda, quatro jovens angolanos suspeitos de terem assassinado o cidadão libanês Amine Mohamed Bakri, dia 01 de Janeiro deste ano, no município de Cacuaco.

Fonte: Angop


Trata-se de Leonardo Valente "Pavilú", 24 anos de idade, Ambrósio Kiala "Bruno Lima", 20 anos, Manuel Mwati "Mano" 26 anos, e Filipe Job "Paizinho" de 17anos, detidos há dias, pelo SIC.


Solteiros e sem ocupação, os suspeitos apresentados à imprensa residiam no município de Cacuaco.


Segundo o director provincial do SIC em Luanda, superintendente-chefe Amaro Neto, os suspeitos praticaram a acção para obter da vítima valores monetários e outros bens, para posterior comercialização, para a satisfação dos seus vícios.


O oficial da corporação, que descartou qualquer envolvimento de outras forças externas no assassinato do expatriado, de 53 anos de idade, aferiu que a pistola de marca Zurich utilizada para o cometimento do crime e apreendida nos autos, teria sido roubada a um militar das FAA.


Este militar, informou, já foi localizado pelas forças castrenses.


Clarificou que o disparo que vitimou o cidadão libanês foi efectuado por Ambrósio Kiala "Bruno Lima", mas o móbil do crime, longe de outras conotações, visou, essencialmente, o roubo de valores monetários e outros bens que a vítima eventualmente pudesse ter na altura.


"As nossas investigações nunca estiveram debruçadas pelas informações que foram veiculadas na altura. Muito cedo, apercebemo-nos que estávamos diante de um crime normal", vincou.


Segundo o oficial do SIC, se não tivesse reagido ao assalto, talvez se tivesse evitado o pior, mas está descartada a possibilidade de terem sido outras forças externas a cometerem este crime.


Adiantou que a detenção dos suspeitos só foi possível na sequência de um árduo trabalho de investigação empreendido pelos especialistas do SIC, Luanda, em estreita coordenação com os de Malange e Benguela, que auxiliaram de forma coordenada na captura de Filipe Job "Paizinho" e Manuel Mwati "Mano".


"Convencidos que jamais seriam detidos, "Paizinho" e "Mano" refugiaram-se àquelas províncias em consequência das investidas que estavam a ser levadas a cabo na capital do país", declarou.


Amaro Neto aferiu que diligências prosseguem para encontrar outros elementos de prova, visando o esclarecimento total do caso.


Entretanto, em declarações à imprensa, Ambrósio Kiala "Bruno Lima" disse ter sido o autor do disparo que vitimou o libanês.


"Quem disparou o tiro fui eu, só um tiro. A nossa intenção era receber os valores e os telefones, mas acabamos por não levar nada, porque depois do tiro o libanês embateu com o carro e nos metemos em fuga".


Segundo o suspeito, na altura estavam a consumir.


"Mas como não tínhamos mais dinheiro, decidimos ir à rua de trás para efectuar o assalto e dar continuidade à nossa convivência. Quando vimos o libanês a vir com a sua viatura, criamos então a ideia de assaltá-lo. Já o conhecíamos (…)".