Luanda - Uma denominada «Comissão de Moradores dos Lesados da Build Angola» divulgou nesta quinta-feira, 19, um comunicado no Jornal de Angola, no qual convoca todos os seus membros para uma reunião a ter lugar no sábado, 21. Embora o teor da reunião não tenha sido divulgado, presumo que se trata de mais uma iniciativa dos lesados, que há vários anos travam uma longa batalha contra um grupo de Burladores Brasileiros foragidos da justiça. Ou, antes, uma luta SOLITÁRIA E PENOSA porque, convenhamos, as instituições angolanas que deveriam prestar-lhes o devido apoio viram-lhe, pura e simplesmente, as costas.

Fonte: Facebook

Felizmente, não figuro entre as centenas, senão mesmo milhares de angolanos que perderam as suas poupanças, o seu rico Dinheiro nesse projecto habitacional, assim como noutros em que estiveram também envolvidos expatriados daquele país da América latina, como exemplo, The One, Copacabana, Nosso Lar e Quintas do Rio Bengo, disseminados pelas províncias de Luanda, Bengo e Huambo. Desde sempre manifestei-me solidário com a luta levada a cabo pelos nossos compatriotas, assim como revoltado contra o abandono a que foram votados, sobretudo por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR).


Pelo sei, muitos angolanos acreditaram na seriedade do projecto devido ao facto da antiga estrela do futebol brasileiro e mundial Arantes do Nascimento «Pelé» ter aparecido na TV ao lado do Presidente da República, JES, bem como na companhia do ex-PCA da ANIP, Aguinaldo Jaime. Sendo o PR uma «reserva moral» do país, ninguém em sã consciência terá colocado em dúvida as intenções aparentemente boas dos promotores do projecto.


Hoje, consumada que está a burla, não tenho dúvidas que os burladores usaram a imagem do PR, assim como do antigo gestor da ANIP para atingir os seus fins menos nobres. Ora, estando em causa os interesses de cidadãos angolanos, não deveria há muito a Presidência da República e a ANIP colocarem-se ao lado dos nossos compatriotas ajudando-os nesta luta contra os vigaristas «brazucas»? Não é tarefa dos Estados defenderem também os interesses dos seus nacionais fora das suas fronteiras territoriais?