Luanda - O bloco 17, operado pela Total no ‘offshore’ angolano, foi o mais lucrativo do país em 2016, tendo garantido vendas superiores a 8,7 mil milhões de euros, segundo dados do Ministério das Finanças compilados esta segunda-feira pela Lusa.

Fonte: Lusa

Em causa está a atividade de um bloco na bacia do Congo, operado pela francesa Total e que inclui vários campos e poços em águas profundas, sendo atualmente o mais rentável de Angola, país que é o maior produtor de petróleo de África, com 1,7 milhões de barris por dia, a par da Nigéria.

 

Em todo o ano de 2016, de acordo com os mesmos dados, o bloco 17 exportou 231.875.003 barris de petróleo, mais de um terço da produção total de Angola (631 milhões de barris), a um preço médio de 39,92 dólares, entre 15 concessões ‘onshore’ e ‘offshore’. Apesar da elevada quantidade, o valor pago por barril fica abaixo da média nacional, que em 2016 se cifrou nos 40,43 dólares.

 


Ainda assim, apenas este bloco garantiu vendas totais de petróleo superiores a 9.250 milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros), gerando 511.035 milhões de kwanzas (quase 2,9 mil milhões de euros) em receitas fiscais para o Estado angolano. Além da Total (40%), o grupo empreiteiro que explora este bloco integra a Statoil (23,33%), ESSO (20%) e BP (16,67%).

 


Com uma área total de exploração de 4.928 quilómetros quadrados, a atividade de exploração no bloco 17 arrancou, segundo a Sonangol, concessionária estatal para o setor petrolífero, em janeiro de 1993 e decorreu até dezembro de 2003, iniciando-se mais tarde a produção. A francesa Total, que opera este bloco, é responsável por 40% (mais de 700 mil barris por dia) da produção de petróleo de Angola e anunciou em julho de 2015 um investimento de 10 mil milhões de dólares (9,4 mil milhões de euros) na atividade no país até 2018.