Luanda  - O que lhe ocorre na alma quando vês alguns répteis da espécie do Antunes Wuambo destilarem fogo, o enxofre, naqueles seus orifícios superior, eclesiasticamente adjectivado de boca? Achas aquilo um caso isolado?

 
Fonte: Club-k.net
 
Pois, saiba que igrejas e ditaduras sempre agiram como parte de um mesmo corpo. Primeiramente como instituição paralela ao Estado, depois de perder a hegemonia na idade média, e num segundo plano como parceira de seus governos e líderes.
 
 
É estranho notar que quase não se fala do papel da igreja, quando a humanidade desceu até ao mais profundo SIMPLÍCIO da ignorância. Não se diz nada. Prefere-se pernoitar na memória da embriaguez colectiva, ou simplesmente continuar a "caminhar nadando".
Onde esteve a igreja durante a ditadura nazista e fascista?
 
 
Onde esteve a igreja durante as várias ditaduras militares que assolaram África e América do Sul nos anos 60 e 70 do século XX?
 
 
Diplomaticamente a igreja agiu de 3 formas:
 
 
1 - Manteve-se omissa;
2 - Deu apoio às ditaduras;
3 - Excomungou do seu seio quem pretendesse agir em nome das ovelhas perdidas.
 
 
Em Junho de 1976, o núncio apostólico na Argentina, Monsenhor Pio Laghi, respondia assim às críticas à ditadura daquele país:
 
 
"O país tem uma ideologia tradicional, e quando alguém pretende importar ideias diferentes ou estranhas a nação reage como um organismo com anticorpos, contra os germes, e assim nasce a violência. Os soldados cumprem seu dever primeiro de amar a Deus e a pátria, que está em perigo. Pode-se falar não só de invasão de estrangeiros, como de invasão de ideias que colocam em risco valores fundamentais. Isso provoca uma situação de emergência, e nessas circunstâncias, podem-se aplicar as ideias de São Tomás de Aquino que ensina que, em casos do género, o amor à pátria se equipara a amor a Deus" (Fo, Tomat e Malucelli: p.199).
 
 
Não é esse o salmo que a igreja xuxuada angolana usa, quando pretende persuadir a sociedade a não aderir aos protestos dos activistas?
 
 
Quando um telespectador aconselhou o Wuambo a ler os "protocolos dos sábios de sião", ele respondeu: "eu leio, por isso é que tenho essa opinião". Vejamos então alguns parágrafos deste livro de consultas de sua santidade:
"A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia" (p.3).
 
 
"A violência deve ser um princípio; a astúcia e a hipocrisia, uma regra para os governos que não queiram entregar sua coroa aos agentes de uma nova força. Esse mal é o único meio de chegar ao fim, o bem. Por isso não devemos deter diante da corrupção, da velhaçada e da traição, todas vezes que possam servir as nossas finalidades" (p.4).
 
 
"Os cristãos não se guiam pela prática de observações imparciais tiradas da história, mas pela rotina teórica, incapaz de atingir qualquer resultado real. Por isso, não devemos contar com eles; que se divirtam ainda durante algum tempo, vivendo de esperanças ou de novas diversões, ou ainda da saudade dos divertimentos que tiveram" (
 
 
É este livro que moldou a visão de sua santidade camarada reverendo, que denigre inclusive os próprios cristãos.
 
 
Wuambo é apenas a máscara visível de um conjunto de capitães do mato, que não acredita nas lições do amor celestial como requisito para sentar-se à direita de seu pai.
 
 
Essas igrejas são elas mesmas prolongamentos de ditaduras.
 
 
Diga não às ramelas cerebrais, não às orações de olhos fechados que podem lhe colocar fora do seu paraíso, assim na terra como no céu.