Luanda - Quando a CEAST há 08 de Dezembro de 2016, anunciou oficialmente a nomeação do Pe. Maurício Agostinho Camuto, para novamente exercer o cargo de Director-geral da Rádio Ecclésia, em substituição do Pe. Quintino Kandandji, pensava-se que fosse uma grande aposta que viria servir de meio para dar voz aos que não têm, cultivar a concórdia e promover a anunciação do Evangelho de forma exemplar através das ondas radiofónicas com verdade, na verdade e para a verdade.

Fonte: Club-k.net

A verdade dos factos que se teve acesso quanto ao desabafo dos profissionais da emissora Católica de Angola, resume-se na seguinte máxima: “Esperávamos da Paz e nada vemos de bom”.

 

O certo é que, o Padre Camuto, desde que retomou as suas actividades nas vestes de Director da Rádio, deu início a uma onda de discriminação e/ou tribalismo, consubstanciada no ofuscamento da imagem dos profissionais oriundos do sul de Angola, mesmo sendo detentores do cha-competências, habilidades e atitudes, a exemplo de Jerónimo Domiano, João Vicesse, Salgueiro Vicente, Esmeralda Chiaca, Costa Caley, Isidro Chiteculo, Anastácio Sasembele e Edna Cabral, tendo como principal objectivo, projectar a imagem dos seus conterrâneos e/ou gente do norte, nomeadamente, José de Belém, Válter Cristóvão, Manuel Paulo, Júlio Muhongo e Matilde Vanda, que possuem ligação com as organizações estrangeiras principalmente a Open Society e a União Europeia que no seu primeiro mandato eram os principais garantes da sua sustentação.

 

Os profissionais discriminados, entendem que o clima de desarmonia fomentado pelo actual Director da Ecclésia, tem servido como a principal causa das ilhas existentes entre aqueles que resistiram a batalha no consulado do Pe. Kandandji e a turma do Pe. Camuto anteriormente tida como “persona non grata”, que tem Valter Cristóvão como testa de ferro, o que poderá afectar de forma negativa a produtividade que se pretende nesta casa de rádio, caso a CEAST não tome providências a curto prazo.

 

Por outro lado, os profissionais discriminados, certificam que, o Pe. Camuto, quer transformar a emissora Católica de Angola num espaço de negociata com as organizações estrangeiras na calada da noite para em troca de financiamentos alterar-se a linha editorial, tendo como foco a difusão de matérias que visam colocar em causa o bom nome do Estado angolano a nível nacional e internacional.

 

Acto contínuo, os profissionais em forma de desafio defendem que, as perspectivas do Pe. Camuto como por exemplo a de incluir o luso-angolano Luaty Beirão, na lista dos comentaristas residentes da emissora para assuntos políticos e sociais de Angola, em cumprimento duma das exigências da Open Society, decorrente do encontro mantido dia 16 de Janeiro do presente ano com o responsável desta organização estrangeira, Elias Mateus Isaac, prenuncia a empreitada de mais uma instrumentalização que pretende manter refém a emissora Católica em troca de financiamentos, sob o olhar impávido e sereno dos Bispos da Igreja Católica.

 

Refere-se que, a cultura discriminatória que o Pe. Camuto pretende implementar no seio dos profissionais da Rádio Ecclésia, contrasta com os discursos de unidade, paz e harmonia que o Santo Padre, Papa Francisco tem apelado aos fiéis Católicos e não só no mundo, e também constitui contradição aos propósitos que nortearam a criação desta emissora por parte da Igreja Católica.

 

Realçar que, há 03 de Maio de 2016, o Pe. Quintino Kandandji, concedeu entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que apontava a pretensão da União Europeia em utilizar a emissora para fins subversivos ao Estado angolano, em troca de financiamentos, situação que verteu muita tinta e culminou com o afastamento do referido Padre, sem uma posição clara da CEAST, o que até o momento continua a apoquentar a mentalidade dos ouvintes assíduos que aspiram ver uma Rádio Católica mais virada para o anúncio do Evangelho ao invés de promover propagandas políticas.

 

Os profissionais discriminados, apelam ao Pe. Camuto para uma gestão dos recursos humanos disponíveis na emissora, com senso de humanismo, espírito de fraternidade e missão no sentido a que em equipa, seja possível a concretização dos verdadeiros propósitos que nortearam a criação da Rádio Ecclésia. Para um quadro da Igreja com perfil de um dia ascender para Bispo, não fica bem enveredar-se na cultura da discriminação.

 

Portanto, apela-se aos angolanos e particularmente os Bispos da Igreja Católica em Angola, que prestem muita atenção as manobras das organizações estrangeiras que a pretexto de apoios financeiros vaticinam a todo custo utilizar a Rádio Ecclésia e os demais órgãos de comunicação social, com a finalidade de transformarem o país numa cópia fiel a Líbia, Tunísia e Egipto.