Lisboa – A novidade da lista de candidatos a deputados efectivos à Assembleia Nacional pelo MPLA não se restringe, afinal, ao nome do insigne professor Vicente (José da Costa) Pinto de Andrade, um intelectual por quem tenho empatia devido aos seus predicados morais, éticos, cívicos e políticos. Esta foi, na verdade, a conclusão, «prima facie», de quem, como eu, leu a sobredita relação nominal sem o rigor e a atenção redobrados que se impunham.

Fonte: Facebook
A segunda leitura da lista nominal, aprovada recentemente pelo Comité Central do MPLA, revelou-me que entre o rol de candidatos efectivos à AN figuram quinze (15) designações que, após a realização das próximas Eleições Gerais de 2017, irão estrear-se no Parlamento como lídimos representantes do povo. Por essa razão, tais nomes são, quanto a mim, dignos de notícia.

Perguntar-me-ão: Que nomes são? Aí vão: Luís de Oliveira Rasgado “Dufa”; Luís Gomes Sambo; Rui (Alberto Vieira Dias Rodrigues) Mingas; Agostinho (de Carvalho dos Santos) Van-Dunem; Aldemiro (Justino de Aguiar Vaz) da Conceição; Pedro de Nery; Eugénio (César) Laborinho, Victor (Mário) Kajibanga; Paulo (Horácio de Siqueira) de Carvalho; António (Rodrigues) Paulo; Emílio (José de Carvalho) Guerra; Sérgio (de Sousa Mendes dos) Santos; José Luís de Matos (Agostinho); Alexandre António Mota Coelho Moreira Bastos, Eufrazina (Teresa Lopes Gomes) Maiato.

Os sobreditos nomes não são de ilustres desconhecidos da vida pública do País. São nomes de angolanos que já deram mostras da sua capacidade em vários sectores da vida nacional, desde a academia, passando pelas artes, à política.

Tenho a subida honra de conhecer a competência de muitos dos nomes propostos à AN. De outros, nem por isso. Todavia, penso que a futura Assembleia Nacional precisa de tribunos com mentes mais arejadas. Necessita de deputados que, mais do que saber ler e escrever, tenham a capacidade de interpretar os factos políticos, econômicos, sociais e culturais do País que influem directa e quotidianamente na vida do cidadão-eleitor.

A plêiade de quadros propostos pelo MPLA à Assembleia Nacional vão segura e garantidamente emprestar maior qualidade e classe ao seu Grupo Parlamentar. Mais: Tenho a «certeza matemática» que, caso sejam eleitos, os futuros parlamentares do partido no poder não vão entrar e sair calados do hemicíclo como tem acontecido até aqui.

Os nomes ora propostos ao crivo popular para Assembleia Nacional vão - quero crer - ajudar a legislar, a propor, a emendar, a alterar e a revogar leis que possam viabilizar o Estado de direito democrático.