Luanda - A carência de fardas nas unidades militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) foi ultrapassada, com a chegada ao país de quantidades consideráveis de uniformes provenientes da China.

Fonte: NJ
Segundo apurou o Novo Jornal, os militares eram obrigados a comprar fardamento aos colegas que tinham reservas suficientes. E, numa fase posterior, o uniforme já era adquirido no mercado paralelo.

"A situação acontece há algum tempo. As principais peças em falta eram as camisas, as calças e o calçado", disse ao NJ um militar, notando que a situação foi ultrapassada com a chegada de novo fardamento.

De acordo com a fonte, os militares, por regra, recebem fardamento semestralmente, o que não acontecia há algum tempo.

"A crise foi responsável por essa situação toda. Neste momento, as unidades militares estão bem abastecidas", garantiu outra fonte do Estado-Maior General das FAA.

Segundo apurámos, a nível das FAA, só a Unidade de Guarda Presidencial (UGP) é que não carece de uniforme e de outras regalias.

"A UGP é uma força da elite. Não lhes falta nada", queixa-se um oficial das FAA, salientando que, "mesmo em termos de salários, eles têm outro estatuto".

A compra de fardamento e outro equipamento à China, no valor de USD 44,6 milhões foi autorizada, em Setembro de 2015, por um despacho presidencial, que só agora produziu efeito.