Luanda - A polícia nacional no Uíge deve pôr em liberdade imediatamente o repórter Nsimba Jorge, correspondente da AFP, associated press, detido neste sábado 11 de Fevereiro, pelas 20 horas quando saía do hospital, onde foi completar a sua reportagem, na sequencia dos incidentes ocorridos no estádio “4 de Janeiro” que ceifou a vida de dezenas de pessoas adeptas de futebol, entre menores de idade.

Fonte: MISA-Angola


Contam testemunhas no local que o repórter foi interpelado por uma patrulha da polícia que o aguardava sob alegação de que não tinha autorização para se deslocar ao estabelecimento hospitalar e contactar os feridos.


O repórter foi transportado para a SIC, serviços de investigação criminal.


Numa altura em que a queda do portão do estádio como causa das mortes e ferimentos começa a ser posta em causa, versão transmitida pelos órgãos de comunicação do Estado, a presença de repórteres de órgãos independentes não é bem vista pelas autoridades locais.


Os novos relatos indicam que a polícia terá usado de gás lacrimogéneo para dispersar a multidão impaciente junto dos portões, causando pânico e mortes.


Ainda não existe um pronunciamento oficial. A CNN canal internacional, cita o presidente da República como tendo ordenado a abertura dum inquérito para apurar as causas deste incidente.


A detenção dos jornalistas em exercício de funções não tem sido legalmente pela polícia que acaba soltando, não apresentando ao ministério público e serve na maior parte dos casos, para interferir no trabalho dos repórteres.


A polícia nacional nos termos da lei, não tem competência para prender, salvo se, nos casos de flagrante delito e usualmente explora a não permanência dos representantes do ministério público para manter ilegalmente os detidos na cadeia. É nos fins de semana que mais se penalizam os cidadãos.