Lisboa  - Ministério Público quer arrestar os bens do ex-presidente do BESA e atual acionista de referência do Sporting, mas o advogado do angolano argumenta que não há indícios de crime.

Fonte: Jornal Economico

O ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) é suspeito de ter desviado 500 milhões de dólares, o equivalente a 471 milhões de euros, do banco. O Ministério Público (MP) estará a investigar a apropriação de fundos por parte de Álvaro Sobrinho para si próprio e para terceiros, segundo noticia o “Correio da Manhã”.

 

No acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, que data de julho de 2016 e a que o CM teve acesso, o MP refere que Álvaro Sobrinho se terá apropriado de uma verba milionária “que integra valores colocados ao dispor” da presidência do BESA, “em contas abertas em Portugal, e de onde saíram também, com destino à Suíça, para contas da titularidade do arguido e de sociedades que existem no seu interesse”.

 

Quando Sobrinho deixou o cargo, em 2012, tinha uma dívida ao BES de 3,3 mil milhões de euros. O valor era referente a créditos recebidos da casa-mãe. “A prova existente é passível de revelar o envolvimento do arguido em processos de concessão fraudulenta de crédito”, diz ainda o MP, citado pelo CM. O tribunal quer agora arrestar os bens de Sobrinho, mas o advogado do angolano refuta as acusações, argumentando que o tribunal não encontrou indícios de crime.