Lisboa -   Nas   suas vestes de empresário, o governador provincial do Cunene, general Kundi Paihama encomendou um busto com a sua imagem tendo o colocado no recém construído edifício da sede do seu banco privado, o   BANC – Banco Angolano de Negócios de Comercio. 

 
Fonte: Club-k.net
 
Em meios conhecedores, da sua filosofia,  encaram a  “encomenda” como   realização de um sonho de se ver perpetuado através de uma obra, uma  vez que, segundo   o Wikipédia, “as estatuas são usadas para homenagear pessoas”. “A  representação esculpida de uma pessoa limitando a cabeça, pescoço, uma parte do torso e ombro apoiado  é geralmente  tratada por busto”
 
Dirigente da velha guarda, o general Kundi Paiahama, 72 anos idade,   é também visto como uma das figuras  do MPLA que tornou-se adepto a extravagancia, e outros que tem  merecido a atenção da imprensa  em Angola. 
 
A saber 
 
Em Dezembro de 2003, ao tempo ministro da defesa, abriu um processo contra o extinto semanário angolense por ter incluído o seu nome numa lista dos endinheirados do regime que seriam detentores de uma fortuna de pelo menos 50 milhões de dólares. O general manifestou-se profundamente ofendido por o entender que a sua fortuna estava acima do valor que o jornal lhe atribuía. 
 
 
Em Dezembro de 2011, convidou o então SG do MPLA, Dino Matross, para fazer o corte de inauguração da sua então recém construída mansão  na cidade do Lubango, avaliada em 10 milhões de dólares. A  mansão foi construída num terreno pertencente ao BNA. A mobília  incluindo a cozinha encomendada de Espanha custou 300 mil dólares.
 
 
Em 2013, deu uma entrevista a Radio LAC, assumindo que não era pobre  e que o seu dinheiro não sai de Angola. “Esses que escrevem devem provar. Eu não tenho medo. Tudo que tenho é do meu trabalho”, sublinhou o governante angolano. “Se eu disser que sou pobre estaria a mentir. O que é preciso é não roubar, cada um deve comer de acordo com o suor de seu rosto. Desafio a procurarem o meu dinheiro no exterior, o meu dinheiro não sai de Angola”.
 
 
Em 2011, ao tempo ministro dos Veteranos de Guerra de Angola, foi criticado pela “fantasia” que teve em gastar   50 mil dólares na  compra de um  sofisticado relógio de pulso,  no decorrer de uma  viagem    de férias  Suíça. Neste mesmo ano, o governante falou abertamente (numa entrevista ao OPais) da sua fortuna, do relógio Rolex, e outros assuntos seus.
 
 
Em 2014, por ocasião dos seus 70 anos, completados  aos 9 de Dezembro realizou na província do Huambo atividades, enquanto governador,  que se igualavam as festas presidenciais do  “28 de Agosto” de JES.   Nos festejos do  seu  70º aniversário foram realizadas   demonstrações de patinagem, ginástica, basquetebol em cadeira de rodas e motos-culturais, sob o olhar de membros do Governo da província, autoridades religiosas, tradicionais e membros da sociedade civil. Realizou também uma cerimonia marcada pela entrega de uma medalha de ouro a Carlos Alberto da Silva “Pepino”, veterano do ciclismo em Angola.
 
 
Em Abril   de 2015, foi apontado pela sociedade civil do Huambo,  como o “ordem superior” que ordenou as FAA,  a realizar um massacre contra fieis da Igreja do pastor Julino Kalupeteka, que se encontravam em retiro   nas montanhas do município, da Caála.