Luanda - Onze mortos, com idades entre os dois e os 70 anos, é o novo balanço provisório das fortes chuvas que caíram entre o final da tarde de terça-feira e a madrugada de quarta-feira em Luanda, anunciou fonte dos bombeiros.

Fonte: Lusa

De acordo com o Serviço Provincial de Proteção Civil e Bombeiros de Luanda, a chuva provocou a inundação de 5.773 residências e o desabamento de outras 13, deixando pelo menos 344 famílias desalojadas.

 

As chuvas inundaram ainda duas escolas, sete centros de saúde e uma igreja, sobretudo nos municípios do Cazenga, Cacuaco e Viana, arredores de Luanda.

 

As 11 vítimas mortais - mais cinco do que o balanço feito ao final da tarde de quarta-feira - registadas até ao momento pelos bombeiros aconteceram na sequência do desabamento de casas e por terem sido levadas pela correnteza das águas, além da queda de um poste de transporte de eletricidade de alta tensão.

 

De acordo com os bombeiros, um raio atingiu a subestação da SONEF, que abastece energia elétrica aos distritos urbanos do Cazenga, Hoji Ya Henda e Kima Kieza, o que provocou um incêndio na casa das máquinas da subestação e paralisou o seu funcionamento.

 

Para tentar minimizar os estragos das chuvas, estão a ser realizados trabalhos de sucção das águas, a abertura de valetas, e assistência aos sinistrados pelas comissões municipais.

 

No entanto, as autoridades alertam para a iminência do enchimento e transbordo de várias bacias de retenção de águas das chuvas, bem como o alagamento da maior parte de ruas secundárias e terciárias da periferia de Luanda, dificultando, pelo segundo dia consecutivo, a movimentação de pessoas e viaturas.

 

A época das chuvas em Angola começou em agosto e prolonga-se até maio, mas desde o início do ano que praticamente não chovia em Luanda.