Luanda - Está aberta a corrida à liderança do Partido de Renovação Social (PRS), cuja eleição da direcção acontece no congresso ordinário agendado para os dias 29, 30 e 31 de Maio, de 2017, em Luanda.


Fonte: Rádio Angola

Entre os concorrentes à presidência do PRS está o economista e antigo líder da bancada parlamentar dos Renovadores Sociais, Sapalo António, 55 anos de idade, natural da província do Moxico, o primeiro a formalizar a candidatura ao caderão máximo do partido fundado a 18 de Novembro de 1990, aquando do advento do multipartidarismo que deu lugar às primeiras eleições em 1992.


Em exclusivo à Rádio Angola, Sapalo António, actual secretário nacional para os assuntos economicos e financeiros do PRS, falou das motivações da sua canditadura, sublinhando que “o Partido de Renovação Social (PRS), precisa, com urgência, ser tirado e salvo do estado em que se encontra para torná-lo num projecto de sociedade”.


Na sua visão, o PRS “encontra-se num estado crítico da sua história, precisa ser repensado e refundado, sem ambiguidades, mas no quadro de coragem objectiva fundada no espírito de 18 de Novembro de 1992 e na solidariedade partidária”.


Sapalo António diz que mantém a fidelidade à ideologia seguida pelo seu partido desde a sua fundação que é do centro-esquerda, tendo como matriz política o “federalismo”, que para ele “um Estado Federal pressupõe-se nós; uma sociedade cidadã e inclusiva, com voz e dona do poder político, modificadora e guia do seu destino”, o que implica, segundo consta no seu manifesto de candidatura à liderança do PRS, “participação directa e activa do povo na definição e construção da vida do país”.


Nesta entrevista à Rádio Angola, o espirante à presidente do partido PRS no conclave que vai ser realizado em finais de Maio, disse que não se candidata “por mera vontade” de ser Presidente do Partido de Renovação Social (PRS), mas de acordo com a sua pretensão, “candidato-me por necessária e almejada mudança política no país”.


Para o político do PRS, o país clama por uma reforma profunda do Estado para instituições da soberania fortes e independentes, por uma verdadeira democracia fundada num Estado Democratico de Direito, em que o exercício pleno dos direitos fundamentais se caracterizam pela liberdade de iniciativa privada, liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade de escolha sem manipulações e outros, pilares que segundo Sapalo António “constituem um estado democratico e de direito”.

Disse também que os governantes angolanos “servem-se das instituições do Estado, para o enriquecimento ilícito, deixando as esmagadora maioria da população em extrema pobreza e miséria”, frisou, acrescentando que “os órgãos de justiça pouco ou nada fazem” por supostamente estarem “dependentes do poder político”.


O conclave que vai legitimar o novo presidente do Partido de Renovação Social realiza-se três meses antes das Eleições Gerais, marcadas para o mês de Agosto de 2017, tempo considerado suficiente por Sapalo António, caso seja eleito pelos militantes, para descer às bases e torna-se visível como cabeça de lista, e junto das populações mobilizá-las para o voto no seu partido.