Luanda - As origens da FNLA fazem parte de uma sequência de acontecimentos dentro da etnia bacongo. As influências da ceita religiosa protestante fizeram que desse inicio, ou seja, antes da década 60, muito clandestinamente fossem ampliando os seus membros. Como tal, aquando do seu aparecimento, era uma modesta associação de bacongo angolanos, cujos líderes eram simultaneamente líderes religiosos da igreja Baptista e protestantes.

Fonte: Club-k.net

O seu nome inicial era UPNA (União das Populações do Norte de Angola) e o seu presidente era Barros Nekaka, pastor protestante, juntando consigo vários protestantes bacongo, em 1954. Inicialmente procuravam restaurar o reino do Congo, sob a governação de um rei católico. Entretanto, com a abolição do trono por parte das autoridades portuguesas, quebraram-se as expectativas do partido que se encontrava incapaz de avançar naquela direção, sob o olhar conjunto da administração belga e da polícia portuguesa.


Em 1958, sob uma nova orientação e um líder mais influente, Holden Roberto, o partido deixou de ter o carácter tribal, mudou de designação e de objectivos. Passou de UPNA para UPA, retirando a palavra Norte, que os caracterizava como um grupo tribal. Como UPA, os objectivos eram: a compreensão e a fraternidade no seio dos naturais de Angola, o desenvolvimento dos sentimentos patrióticos da sua população, a luta pela independência de Angola e a contribuição para a edificação da unidade africana.


Assim sendo, com receio de ser ultrapassado pelo MPLA, aos olhos da OUA, Holden Roberto decidiu avançar com os seus projectos e, em 1962, juntou-se ao PDA e criaram a FNLA. O Partido Democrático Angolano (PDA) de 1961 foi o sucessor de duas associações: a Associação dos Originários de Maquela do Zombo – ASSOMUZO, de 1956, em Léopoldville, e a Aliança dos Naturais do Zombo – ALIAZO, fundada em 1959 (Frente Nacional de Libertação de Angola, 2007).


Essa junção é feita no exílio, no território da República Democrática do Congo, na época, Zaire. Essa união teve duas consequências imediatas: a formação do Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), presidido por Álvaro Holden Roberto, e do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), apoiado pelo governo da então República do Congo (antigo Congo Belga). Em suma, a UPA/FNLA, ao ser a primeira organização a iniciar as hostilidades em grande escala, mobilizando milhares de seguidores, acabou por conseguir grandes apoios internacionais, desde os Estados Unidos até vários países africanos.

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Domingos Sebastião