Luanda  - Recentemente o actual inquilino da Casa Branca, ordenou um ataque feroz com 56 mísseis Tomahawk, em retaliação ao recente ataque de Bachar El Assad com presumíveis armas químicas contra civis e crianças numa área controlada por rebeldes.

Fonte: Club-k.net

Este gesto, apanhou de surpresa os estrategas da federação russa, e até da ala dura conservadora do Partido Republicano, ala liderada pelo veterano herói de guerra do Vietname, John Sidney McCain. Que é de facto, um grande adversário do senado contra o actual presidente, liderando uma comissão de investigação contra a possível interferência da Rússia nas últimas eleições.

 

Muita gente, os tais pseudos intelectuais da média ocidental, analista político de relações internacionais e até alguns lóbis bem identificados ninguém tem simpatia por este personagem politicamente incorrecto, ou seja, onde encontraremos o senso comum de Trump. É neoliberal, construtivista, realista ou neo-realista. Alguns cientistas políticos dizem sem titubear que Trump é populista, não entende absolutamente nada de política externa, e América não está preparada para ter um comandante em chefe paranóico e descontrolado que em momento de crise de guerra, não exitará em apertar o “PUSH” do botão vermelho das armas nucleares. Assim defendiam de forma contundente seus adversários políticos. Hilary Clinton e Barack Obama.

 

Resumindo o texto, para mim, aquilo que humildemente aprendi em relações internacionais, geoestratégia e geopolítica, sociologia política ou processos de tomada de decisão, aos meus amigos do outro lado da barricada, estavam absolutamente errados, e nem me atrevo arredondar o vosso respeitável erro de cálculo.

 

Clarifico com toda vénia, admiração e atitude clarividente e unilateral, sem passar pelo congresso o bombardeamento contra as forças do regime sírio.

 

Trump de forma ousada, meticulosa a seu estilo atípico, utilizando uma retórica clássica, disse assim :

 

Hoje, em nome do mundo, ordenei de forma unilateral o bombardeamento contra as forcas do regime sírio.

 

Trump, ao referir se em nome do Mundo, enviou uma mensagem clara, que não estará sozinho, num possível conflito de grande escala mundial. Contará com os seus aliados tradicionais, Inglaterra, França e Alemanha.

 

Trump, arriscou tudo de forma calculada mesmo sabendo do perigo que esse ataque iria representar aos olhos dos aliados de Bashar El Assad, numa resposta também militar.

Precisão dos Alvos

No ponto de vista militar, os 56 mísseis lançados atingiram objectivamente de forma cirúrgica os alvos preconizados, ou seja, uma precisão absoluta, destruindo o arsenal aéreo e a pista da aviação Síria.

 

Agora pergunto, onde é que estavam os radares Russos em conexão com as forcas sírias, para ripostar de forma clara e categórica este ataque?

 

Onde é que estavam o posicionamento defensivo do grande ( scudo anti Míssil AS 400 do amigo Russo), alguns até instalados no mar Cáspio, no ponto de vista geográfico e estratégico, ouve falhas graves dos estrategas russos e seus agentes aliados, em conter os ditos ( TOMAHAWKE) ou seja não tiveram o efeito desejável !

 

Como entusiasta da política interna e externa da América, a esta altura a popularidade da administração " Donald Trump" está em alta, criando mesmo alguns ciúmes incubados dos seus detractores.

 

Trump mostrou ao mundo, que no seu" Construtive Engagement" com a Rússia ou seja, se por um lado defende a normalização de relações com o seu rival directo na questão da ordem mundial, na questão Strong Power, ou Super Powerfull, os papéis devem ser invertidos. América, América, América great again!

 

Agora, que cenários teremos para o futuro. Neste momento América de Trump está em vantagem, Putin já não pode pensar que é o único líder mundial de momento, Trump atacou lhe bem na garganta, o mundo espera do aliado incondicional de Assad, uma resposta clara e de força, aí o medo do tão inesperado conflito mundial que de forma involuntária pode ressuscitar o fantasma da segunda guerra mundial, para terceira guerra mundial.

 

O mundo espera que o senso comum entre essas duas potências, deve prevalecer.

 

Que paradigmas para um mundo seguro, onde a imprevisibilidade dos conflitos continuam de forma insustentável, se por um lado o mundo precisa de um denominador comum, que é a luta contra o terrorismo impiedoso e sanguinário do Estado Islâmico, contra os cristãos, por outro, temos a carnificina do conflito sírio, onde até armas químicas proibida mundialmente, são usadas contra civis, velhos, mulheres e crianças, as imagens são horríveis, é um autêntico genocídio cruel, de forma voluntária e gratuita.

O fim deste conflito.

Caso haja vontade política, só será possível de seguinte forma. Usando a fórmula do fim da guerra fria, entre o presidente Reagan e o antigo presidente da União Soviética, só que na altura ouve um vencedor, que de forma astuta e inteligente conseguiu derrotar amargamente o seu adversário, sem necessariamente troar um único tiro de canhão. Usando apenas os seus satélites aliados como cobaia.

 

Mas existe um dilema. O inimigo número um dos americanos, da geopolítica mundial aprenderam bem a lição, têm um líder frio e calculista, e com muita maturidade política, seja interna ou externa. Ele próprio foi protagonista como operacional do temível (KGB).

O sujeito em questão" Vladimir Putin".

A única solução possível será em última estância, a “teoria dos jogos” para resolução deste terrível conflito de grande interesse internacional.