Luanda - Foi a UNITA que em primeira instância informou, por escrito, ao MAT das fragilidades do sistema que permitia o duplo registo, ao contrário das garantias dadas pela entidade que chamou a si a responsabilidade de conduzir as operações do registo no lugar da CNE.

Fonte: Club-k.net

Por isso, é má fé atribuir à UNITA, a iniciativa de forjar provas para descredibilizar todo o processo numa altura em que o MAT afirmou a dado momento que tinha detectado cerca de 300.000 registos duplos.


Se na verdade o sistema fosse tão seguro como se afirma, nem se quer haveria essa possibilidade de ocorrerem tais duplos registos.


O sistema é frágil e violável. Essa é a verdade que algum defensor do regime que ouvi numa rádio, atribui ao facto de estarmos num país que não é do primeiro mundo, onde tudo é possível. Se assim é, por que razão se rejeitam as críticas e a colaboração de diferentes actores também interessados no processo?


Ao fazer críticas, ao apontar os erros e ao apresentar, inclusive, provas, a UNITA deu mostras de que estava disposta a colaborar para a transparência e lisura que um processo eleitoral deve ter como pressuposto. Foi nesse sentido que trouxe à baila entre vários, o caso do caso do comissário Ernesto João Manuel, que para lá da sua filiação partidária é e antes demais cidadão que movido pelo dever de actualizar os seus dados acabou tendo dois registos, por falha do próprio sistema é não vontade deliberada do cidadão Ernesto Manuel, aliás como ele próprio explicou na primeira pessoa.


Como este caso existem vários outros e o MAT, ao invés de ter a dignidade de aceitar e reconhecer a existência de fragilidades no sistema, vem atirar areia aos olhos da opinião pública embolando o caso Ernesto Manuel como forja da UNITA. É a estratégia de diabolização da UNITA que já conta anos.


É também para esse fim que concorre a deturpação voluntária e gratuitas das declarações de Nelito Ekwikwi, desviadas do contexto. É também peça da estratégia de diabolização, o esquecimento a que a TPA remeteu as declarações do comissário da CNE, que contém a essência da causa do seu duplo registo aconselhado por entidades oficiais e do registo eleitoral e com conhecimento do próprio MAT.


Os intelectuais da nossa Angola deviam ter frieza suficiente de prestar atenção devida e olhar com olhos de ver e analisar com profundidade, os aspectos que a UNITA levanta e não apressar-se a tirar conclusões e condenar à partida um partido que tem grande responsabilidade e está com interesse de ver o processo caminhar célere e a contento de todos os envolvidos.


Acredito, sinceramente que Se as posições da UNITA fossem infundadas e sem nexo, o Conselho da República que teve lugar dia 24 de Abril de 2017, não na recomendaria "a incrementação de acções, visando tornar factível o pressuposto enunciado de que as eleições gerais devem ser livres, justas e transparentes".


Portanto, cabeças frias, trabalhemos para até Agosto corrigir as falhas que existem e garantir lisura a transparência do processo. É somente isso que se exige.


A UNITA deve orgulhar-se das suas ações e do seu percurso. A sua razão já começa a ser reconhecida e compreendida. Em Agosto cortamos a meta.