Luanda - O Procurador-Geral da República (PGR) de Angola disse hoje em Luanda que o Governo orientou a realização de um estudo para analisar como podem ser atendidas as reivindicações dos funcionários daquele órgão, que chegaram a anunciar uma greve.

Fonte: Lusa

João Maria de Sousa falava à imprensa, à margem da abertura hoje da cerimónia de comemoração do 38.º aniversário da Procuradoria Geral da República de Angola, sobre uma anunciada greve de funcionários daquele órgão de justiça para reivindicar aumentos salariais, promoções e reconversão de carreira, bem como o pagamento de subsídios de risco, que constam de um caderno reivindicativo remetido em 2014 à entidade patronal.

 

De acordo com o PGR, estão a ser resolvidas as reivindicações dos funcionários, apesar de não dependerem daquele órgão de justiça, mas sim de instituições como os ministérios das Finanças e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, entre outras.

 

"As questões que nos foram colocadas foram levadas ao conhecimento do titular do poder Executivo e nós pensamos que foram, em princípio, acolhidas, na medida em que foi orientado um estudo no sentido de se ver em que medida serão satisfeitas essas exigências", referiu João Maria de Sousa.

 

A greve anunciada pelos funcionários do Ministério Público angolano para o dia 17 de abril foi suspensa depois de uma reunião com João Maria de Sousa e outros procuradores, os representantes dos trabalhadores, estes últimos, alegadamente, "diabolizados" pelo responsável da PGR angolana.

 

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR, Elias Pinto, disse na altura, em declarações à agência Lusa, que João Maria de Sousa supostamente "usou dos seus lóbis dentro do grupo, desestabilizou o grupo, para defender a instituição".