Luanda - A conclusão da primeira das quatro etapas do processo de enchimento da albufeira de Laúca, aliada ao início dos ensaios operacionais do primeiro grupo gerador da barragem hidroeléctrica, o que antecipa o fim dos sucessivos e prolongados cortes de energia que, há mais de um mês, têm deixado a capital do país às escuras.

Fonte: RNA

Segundo o ministro da Energia e Águas, "previsivelmente deixaremos de ter restrições de energia em Luanda a partir do segundo semestre" do ano.

 

Em declarações à Rádio Nacional, João Baptista Borges sublinhou que as metas traçadas pelo Executivo estão a ser cumpridas, tendo em conta que, conforme previsto, a água na albufeira da barragem hidroeléctrica de Laúca atinge hoje os 800 metros de altura.

 

"Temos estado a proceder ao enchimento da albufeira de Laúca tal como foi planeado", destacou o ministro da Energia e Águas, revelando que as restrições no fornecimento de energia eléctrica à província de Luanda vão começar a diminuir na primeira semana de Maio.

 

Segundo o governante, citado pelo Jornal de Angola, "em Julho, a disponibilidade de energia vai aumentar e, certamente, as restrições vão deixar de existir".

 

O responsável assinala ainda que as melhorias no fornecimento de electricidade, "de certa forma" afectadas pela baixa pluviosidade, serão igualmente garantidas pelo facto de também a barragem hidroeléctrica de Cambambe ter maior disponibilidade de água.

 

Laúca, obra entregue à brasileira Odebrecht, com a participação de outras empresas, como a Somague Angola ou a Teixeira Duarte, é a maior obra de engenharia em Angola e a segunda maior do continente africano, e faz parte de um conjunto de três barragens situadas no rio Kwanza. Está situada a montante de Cambambe e a jusante de Capanda, conjunto que, quando estiver em plena actividade promete eliminar as falhas de energia a que Luanda e as mais importantes cidades do país estão habituadas.