Lisboa – A campanha eleitoral  do  candidato do MPLA ao cargo de Presidente da República nas eleições gerais de 23 de Agosto próximo está a ser marcada com actos de abusos de poder e violação da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais.
 
Fonte: Club-k.net
 
JLO usa instituições públicas para fazer campanha  política
 
O caso mais recente aconteceu na província de Malanje, onde João Lourenço deslocou-se neste fim de semana para ser apresentado aos militantes do seu partido.  Depois do acto de massa da sua apresentação,  o candidato do MPLA, usou a sede do governo provincial para receber em audiência membros das autoridades tradicionais e religiosos.
 
 
De acordo com consultas, o candidato João Lourenço está por lei proibido de usar sedes de instituições públicas para as suas reuniões partidárias. Para além de abuso de poder, o acto praticado por Lourenço, viola o artigo 69  da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, respeitante aos Locais interditos ao exercício de propaganda política. 
 
 
A referida lei proibi aos concorrentes às eleições a pratica de propaganda politica em locais tais como unidades militares e militarizadas; instituições públicas;  instituições de ensino; locais de culto; hospitais e estabelecimentos similares.
 
 
No passado mês de Abril, João Lourenço foi a província de Cabinda, na qualidade de candidato do MPLA e realizou também reuniões e audiências na sede do governo provincial daquele enclave angolano.
 
 
Há poucos dias foi colocado material da sua propaganda na Igreja Nossa Senhora de Fatima, “São Domingos”, ao município do Rangel, em violação a alínea d), do artigo 69 da   Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais.
 
 
“Se como candidato, o general João Lourenço comete estes abusos de poder  e viola a lei, isto indica  que se ele for eleito Presidente da República, Angola corre o risco de ter um Chefe de Estado que não respeita às leis, e pior que o senhor  José Eduardo dos Santos”, lamenta um membro do movimento revolucionário que por outro lado, apela o candidato do MPLA, a ser um homem de ética politica.