Luanda  - O Mercado de Seguros é um dos motores para diversificação da economia, quiçá entre os primeiros na escala de 1 - 10, resultado disto, podemos constatar no número das empresas e pessoas singulares que fazem parte da sua carteira de negócio. O seguro é uma actividade transversal a económica, nasceu da necessidade do homem ver garantido e salvaguardado os seus bens em caso de ocorrência de um sinistro, o seguro garante a continuidade do negocio, possibilidade a protecção de cada êxito conseguido ao longo de toda história empresarial, entre as funções do seguro, destacamos a contribuição da actividade seguradora para a economia e para a sociedade uma vez que assume uma grande importância tendo em conta as funções que as suas várias vertentes acabam por abarcar e o seu contributo para o desenvolvimento económico e social.
 
Fonte: Club-k.net
 
Algumas funções do seguro como o bem-estar e tranquilidade individual e colectiva, tranquilidade psicológica que resulta do facto de se saber que, em caso de sinistro o património não desaparecerá na sua totalidade; segurança social, na medida em que alguns seguros e coberturas se substituem ao papel do Estado (Segurança Social), de que são exemplo as responsabilidades que se encontram consagradas num seguro de Acidentes de Trabalho e doenças profissionais; fonte de previdência, uma vez que as incertezas associadas ao risco são transferidas para as companhias de seguros, traduzindo uma atitude de consciência e de precaução por parte dos particulares e das empresas, de que são exemplo os riscos cobertos pelos seguros de incêndio ou de acidentes pessoais; factor de investimento, de crescimento e de estabilização da actividade económica, os investidores sabem que, em caso de sinistro, os recursos que afectaram a um determinado projecto não ficam irremediavelmente perdidos; libertadora de recursos financeiros, dispensando a constituição de reservas financeiras para fazer face a situações imprevistas, podendo estas estarem defendidas por uma apólice de seguro; instrumento de crédito, directamente através da oferta de produtos financeiros captadores de fundos e, indirectamente, através da gestão dos montantes que vão captando; motor das actividades comerciais, que está na génese do seguro, tendo sido através do comércio marítimo que a actividade seguradora conheceu a sua expansão; promotor da cooperação internacional, sendo disso exemplo os tratados internacionais de resseguro, o estabelecimento de regras universais de seguro e a constituição de organismos internacionais neste domínio; factor de criação de mecanismos de prevenção e segurança, assente na investigação (estudos estatísticos, causas de acidentes, novas formas de prevenção), na adopção de sistemas de tarifação que os incorpore (em que situações dissuasoras de acidentes têm naturalmente bonificações) e na criação de organismos de inspecção e controlo (análise de riscos, segurança e higiene no trabalho, prevenção e segurança e peritagens).
 
 
É vital, importante e necessário que a ARSEG, e as  Seguradoras continuem a Trabalhar assumindo verdadeiramente o papel pelos quais foram criados, regular, gerir  subscrever e pagar sinistros.
 
 
O seguro é universal porque diz respeito a todos,  assume um papel relevante para preservação da continuidade de economia.
 
 
 
O Microsseguro, é um sistema que utiliza entre outros  o mecanismo de seguro cujos  beneficiários são, pessoas com poder de compra baixo e ou parte daquelas pessoas, excluídas da protecção Social, particularmente trabalhadores da economia informal e suas famílias.
 
 
Em angola, seria importante que as empresas Seguradoras, comercializassem este segmento de Mercado (microsseguro), a sua importância, representa inclusão e a prevenção para inclusão e educação financeira das pequenas e médias empresas, bem como das famílias.
 
 
O sistema de microsseguro e diferente do  sistema de protecção social destinados a cobrir as despesas dos trabalhadores e da economia formal. A adesão deve ser obrigatória como pode ser facultativa os segurados pagam o mínimo mediante seus rendimentos para cobrir suas necessitadas em caso de sinistro são indemnizados a luz dos benefícios contratados. Os microsseguros, possuem características próprias; inclusão de pessoas com baixa renda na actividade económica do País, a Continuação de Contratos (apólices) com prémios baixos, condições contratuais de fácil interpretação, criação de produtos e preços a nível do bolso do cidadão, incentivo a cultura de seguros para a actividade informal e para os pequenos Empreendedores e a flexibilidade de pagamentos fraccionando os prémios.
 
 
Em termos práticos as seguradoras em Angola praticam apenas modalidades de Seguros para as grandes Empresas, e para aquela franja da sociedade com alto poder de compra, estas entidades com maior índice de capacidade de pagamento, não são os únicos actores da actividade económica.
 
 
É preciso inverter o quadro, para uma economia competitiva e inclusiva é importante, necessário é benéfico que a ARSEG, dentro da sua política de regulação do sector, adopte políticas de incentivos que visam incentivar e dinamizar as seguradoras e os agentes do Mercado com o objectivo de criarem pacotes atractivos visando o seguimento do Microsseguro.
 
 
Grande parte da economia informal do País não tem e não faz seguros, isto acarreta grandes responsabilidades financeiras para os cofres do estado, nalgumas vezes, criando défice em outros sectores que deveriam ser privilegiados em detrimento deste.
 
 
Os microsseguros traduzem significativamente um passo gigantesco para economia do País, é preciso, produzir, incentivar e trabalhar neste seguimento de mercado, visando a inclusão social de todos, pois a meta para os próximos anos do mercado segurador, é da criação de seguros para o bolso de todos os cidadãos.
 
 
Precisamos cada vez mais, ir ao encontro do cidadão, incentiva-lo a contratar os serviços das Seguradoras, através da demonstração de incentivos e informações que sejam de fácil percepção.
 
 
Reconhecemos que são poucas as instituições no Mercado segurador que publicitam e informam sobre a importância da actividade, muitas existem apenas visando o lucro, ou da necessidade de responder determinado negocio, pois, não podemos continuar a fazer negocio no sector pensando assim, é urgente e gritante que as Seguradoras, Mediadores e todos os agentes do sector, trabalhem no sentido de criarem produtos específicos para pessoas de baixa renda sabemos que o risco esta sempre a espreita para todos os actores socais. O processo de inclusão financeira trata-se de uma tarefa hercúlea a nível do nosso País, os países vizinhos nestes quesitos estão dois passos a frente, sem que seja necessário mencionar o avanço constatado no mercado internacional. Em uma economia dinâmica e global, os seguros em Angola, tem que se afirmar, dar o ar da sua graça, evidenciado o objecto social para os quais foram criadas as seguradoras.
 
 
O Governo Angolano, joga um papel muito importante, no que toca a tomada de medidas correctivas visando proteger o bem geral. Incentivos para dinamização do sector, trarão consigo medidas para mitigar despesas para o próprio estado, as seguradoras e os agentes da actividade seguradora, jogam um papel importante na divulgação e comercialização de produtos para todos evitando encargos adicionais.
 
 
Os microsseguros, jogam um papel importante na economia A par das funções que o seguro tem na actividade económica. Podemos constatar que ao  nível micro económico cada organização é considerada como uma unidade económica autónoma, sendo desenhadas soluções de prevenção em que a análise das possibilidades de ocorrência de sinistros e de custo-benefício de um adequado plano de coberturas é ajustado para cada caso, considerando o sector de actividade onde se insere; ao nível macro económico com a produção de indicadores que medem a importância dos seguros na economia nacional, permitindo a comparação internacional, a nível de emprego gerado pelo sector segurador, traduzindo o número de pessoas cuja actividade profissional se encontra directamente ligada aos Microsseguros.
 
 
Todo o esforço é importante para que possamos fazer funcionar este sector que de modo geral atinge a todos, principalmente aquelas zonas de difícil acesso, que não deixa de  existir nela vida económica.
 
 
O seguro é comunitário, envolve os esforços de todos para minimizar a perda de cada um para que possa ser minimizado as perdas de cada, os seguros atingem á todos, gerando eficiência para garantir a continuidade económica, permitindo a paz social.
 
 
Recomendamos, que esta reflexão inclui a necessidade de se potenciar as micro-pequenas e médias empresas, e também de se incidir o microcrédito bancário aos mais pobres, quantos mais pessoas tiverem acesso a formalização da economia, melhor se desenvolverão os sectores, e como consequência aumenta a renda per capita, a captação  de impostos.
 
 
 
Júlio Matias
 
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