ImageLuanda - O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA esteve reunido aos 3 de Junho de 2009, em Luanda, sob a direcção do seu Presidente Dr. Isaías Henriques Ngola Samakuva, para analisar a situação política, económica e social do País.

No fim dos trabalhos foi aprovado o seguinte Comunicado de Imprensa.

A UNITA agradece ao povo angolano pela forma participativa e patriótica como tem abordado o Ante-Projecto de Constituição que a UNITA submeteu a Assembleia Nacional com vários princípios, sendo um deles o estabelecimento de uma sociedade verdadeiramente democrática, com o aprofundamento real da reconciliação e uma paz efectivas e duradoura.

A UNITA constatou com preocupação que a degradação económica e social continua a ser o traço dominante na vida dos angolanos. O custo de vida aumenta de forma brutal e o desemprego continua nos mais elevados níveis, com a juventude vagueando nas ruas, na luta desesperada pela sobrevivência, sem nenhuma perspectiva para o futuro.

A UNITA manifesta ainda profunda preocupação pelo recrudescimento dos casos de violência mental e física sobre as crianças, muitas vezes acusadas de prática de feitiçaria. A UNITA opõe-se a filiação compulsiva das crianças angolanas na OPA, organização partidária do MPLA, porque constitui instrumentalização política de menores, em violação dos direitos da criança proclamados pelas Nações Unidas a 20 de Novembro de 1958.

A UNITA analisou factos históricos que o país viveu, e a passagem do 27 de Maio de 1977 foi vista numa perspectiva das cátastrofes que ensombraram a história do povo angolano e decidiu homenagear as vitimas da intolerância que ainda se faz sentir hoje em Angola.


A UNITA acompanha com bastante preocupação a forma pouco digna como os cidadãos angolanos que se estão a dirigir para o Brasil são tratados pelas autoridades de fronteiras naquele país e condena o silêncio do governo angolano perante este atentado aos direitos de circulação entre dois países irmãos.

Finalmente, a UNITA considera que o país está perante uma situação crítica conducente a uma crise sem precedentes na medida em que as políticas implementadas pelo governo são ineficazes. A forma pacífica como as populações têm suportado a desgovernação do país, não significa que o povo angolano não entendeu a natureza do actual regime, mas mantém a sua fidelidade ao projecto da mudança defendido pela UNITA.


Luanda, aos 03 de Junho de 2009


O Secretariado Executivo
Fonte: Unita