Luanda - A ministra da Justiça afirmou hoje, no Bombarral, que "é legítimo" Angola tomar as iniciativas que entender sobre a cooperação judiciária com Portugal, depois de o processo que envolve o vice-presidente ter avançado para a fase de Instrução.
 
 

Fonte: Lusa

"Ouvi com atenção as declarações do senhor ministro da Justiça de Angola. Aquilo que o senhor ministro diz é que vai reapreciar os termos da execução dos protocolos de cooperação, o que é perfeitamente legítimo que faça e que tome as iniciativas que entender", disse aos jornalistas Francisca Van Dunem.

 
Questionada se a posição de Angola seria uma forma de pressionar o processo, a ministra da Justiça recusou responder, alegando não querer pronunciar-se sobre o caso.

 
Francisca Van Dunen respondia aos jornalistas à margem da inauguração do Julgado de Paz do Oeste.


 
O ministro da Justiça angolano admitiu na segunda-feira reequacionar a cooperação judiciária com Portugal, mostrando-se "estupefacto" por o Ministério Público português ter avançando para a fase Instrução no processo, envolvendo o vice-presidente Manuel Vicente, sem esperar pela resposta de Angola.


 
"Eu fico estupefacto e até incrédulo, na medida em que são situações que demonstram um certo desrespeito pelas nossas autoridades judiciárias, e em especial pelo Tribunal Constitucional da República de Angola", afirmou o ministro da Justiça e Direitos Humanos, Rui Mangueira, questionado pela Lusa à margem de um evento oficial em Luanda.