Luanda - O governador provincial do Huambo, JBK, visitou ontem a Central Térmica do Belém, que, segundo uma fonte local, vai suprir em 100% as necessidades [de energia] das cidades de Huambo, Caála e arredores».

Fonte: Facebook

Infere-se nesta informação que a cidade do Huambo, a satélite da Caála e arredores passarão a depender exclusivamente da nova central térmica, já que o seu grau de cobertura será na ordem dos «100%».


A província do Huambo, como é domínio público, dispõe de uma barragem, a do Gove, que entrou em funcionamento há 5 anos. Na altura da sua inauguração, o Executivo disse que a mesma tinha capacidade para fornecer energia eléctrica suficiente às províncias do Huambo e Bié.


Com a central térmica do Belém, cujos custos estão avaliados em 325 Milhões de Dólares norte-americanos, a cidade capital do planalto contará com duas centrais, visto que já dispõe da «térmica» do Benfica.


Contudo, com o surgimento de mais esta fonte energética fica-se com a ideia que as centrais térmicas, que deveriam ser uma ALTERNATIVA à falta de energia das fontes hídricas, tornaram-se uma Solução no fornecimento de electricidade, já que, no caso vertente, «vai superar em 100% as necessidades» locais.


Ora, um país com enormes recursos hídricos, atravessado por vários cursos de água, deveria apostar mais em fontes energéticas Hídricas que, para além de BARATAS, têm também a vantagem de serem LIMPAS, porque não agridem o meio ambiente.


Sabendo-se que as centrais térmicas têm custos altos com combustíveis e despesas de manutenção, por que não se apostou no aumento da capacidade do «Gove»? Tendo em conta que o Estado deixou de subvencionar os combustíveis, quem irá suportar os elevados custos de produção de energia? A factura vai ou não sobrar para os pacatos e indefesos consumidores? Quais foram as razões que estiveram na origem do fiasco da barragem do Gove? Haverá algum «gato» escondido por detrás das «térmicas»? A menos que inauguração deste empreendimento esteja enquadrado no âmbito da campanha eleitoralista? Só pode! As «térmicas» devem ser alternativa ou solução?