Lisboa - O ativista angolano diz que há cada vez menos medo e mais indignação em Angola, mas lamenta que a oposição não esteja à altura do desafio. O ativista esteve hoje na SIC Notícias e garante que o “Grupo dos 15+2” continua ativo

Fonte: Expresso

Há um ano, ainda cumpria uma pena de prisão de 5 anos e meio, acusado de "actos preparatórios de rebelião e de integrar uma associação de malfeitores". A greve de fome de 36 dias, que cumpriu na cadeia, ganhou dimensão internacional e causou desconforto ao regime de Luanda. Para além de Luaty, outros 16 activistas cumpriam pesadas penas de prisão por se terem juntado para debater um livro sobre formas de transição pacífica de poder. Contra todas as expectativas, Luaty Beirão e os outros ativistas foram libertados pouco tempo depois.

 

Agora, com as eleições à porta, Luaty assume que não vai votar para não participar naquilo que considera ser uma farsa. Teme que se Eduardo dos Santos não resistir até às eleições deste verão, para entregar a chave do país, Angola possa enfrentar um golpe de estado.

 

Sobre a recente retirada da SIC Notícias e da SIC Internacional África de duas distribuidores de televisão em Angola, o ativista diz "que o argumento financeiro não colhe" e que "a SIC incomoda".