Sumbe - O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, garantiu neste sábado, na cidade do Sumbe, província do Cuanza Sul, uma protecção especial às crianças angolanas, em caso de vitória do seu partido nas eleições de 23 de Agosto próximo.

Fonte: Angop

O político, que falava num acto de massas de apresentação pública da sua candidatura, realçou que o programa de governo do MPLA prevê uma protecção especial das crianças, por serem vítimas de maus tratos.

 

“A criança é a principal vítima da fome, das doenças e da violência doméstica”, disse o dirigente, para quem, contrariamente ao que muitos pensam, a violência doméstica não é apenas entre marido e mulher.

 

Notou que em África a criança é vítima de muitos abusos, da falta de escolas, assistência médica e maus tratos, muitas vezes vindos dos próprios progenitores.

 

Revelou, por outro lado, que o programa de governação do seu partido valoriza também as línguas nacionais e hábitos e costumes dos povos, notando que, nos próximos tempos, as aulas deverão também ser ministradas em línguas maternas.

 

Para si, língua e história são cultura, daí o MPLA valorizar as línguas nacionais e defender os valores culturais.

 

“Temos uma língua comum em que nos comunicamos, o português, mas não pode, de forma alguma, anular ou extinguir as línguas maternas a que todos nós estamos no direito de falar e de utilizar”, vincou.

 

Adiantou que o país é extenso e com línguas e tradições diferentes que não se anulam uma das outras, mas se complementam.

 

“É do conjunto dessa diversidade cultural em termos de línguas, hábitos e costumes que sai a força do povo angolano que permitiu resistir a todos esses anos de conflito, até chegarmos a paz definitiva alcançada a 04 de Abril de 2002”, expressou.

 

Após o alcance da paz no país, disse, a fonte, a tarefa agora passa pelo desenvolvimento económico e social do país, onde todos devem dar o seu contributo.

 

Para si, a província do Cuanza Sul é forte na agro-pecuária e pescas e, com efeito, pode contribuir na produção de bens alimentares tão necessários para servir o mercado interno e para exportar.

 

“Precisamos voltar a altos volumes de produção de café, de óleo de palma, milho, bata doce e outros produtos e edificar infra-estruturas para apoiar o sector pesqueiro. Juntos devemos trabalhar para esse fim. Queremos ver um Cuanza Sul também industrializado.”, expressou.

 

Na sua intervenção, João Lourenço anunciou também a edificação de um monumento na localidade do Ebo (Cuanza Sul), onde tombaram angolanos e internacionalistas cubanos que enfrentaram o exército do regime do Apartheid da África do Sul.

 

Na altura, notou, a intenção era asfixiar a capital do país, Luanda, pelo Norte e pelo Sul, para impedir que o MPLA proclamasse a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.

 

Fez saber que nos locais destas e outras memoráveis batalhas, o Executivo delineou um plano de edificação de monumentos para que a história não se apague.

 

O candidato do MPLA a Presidente da República nas eleições de 23 de Agosto, João Lourenço, foi já apresentado nas províncias do Bié, Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cunene, Moxico, Huíla, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Zaire e Luanda (nos municípios do Cazenga e Viana).