Uíge - A Polícia Nacional, no Uíge, está a ser acusada de deter uma senhora e um senhor, ambos tios de um jovem que terá brigado com um outro, seu amigo e vizinho tendo causado fermentos graves ao agora ofendido.

Fonte: Perolas das Acacias

Este jornal apurou de fonte policial ligada ao caso e que, por isso, mostra-se indignada que o caso, escandaloso para os entendedores da matéria, diz respeito a um jovem identificado apenas por Frazão, de 20 anos, morador no Bairro Miquixi, arredores de Kandombe Novo, cidade do Uíge, que semana passada brigou com um amigo, vizinho e como consequência feriu-o na zona do tórax, ferimento que levou dez pontos no Centro de Saúde da localidade, segundo informações dos familiares da vítima.


Na sequência, aqueles familiares terão apresentado a competente queixa junto da Esquadra mais próxima, a do Miquixi, e efectivos da mesma, informa a fonte, terão efectuado uma busca e captura tendo, na ocasião, levado para à cadeia os tios do agressor por, alegadamente, o agressor encontrar-se em parte incerta.


A fonte deste jornal faz saber que os dois detidos, há quatro dias encarcerados na cadeia da Esquadra em referência, atendem pelos nomes de Nsamba João e Tomás João, irmãos, têm a sua liberdade condicionada até ao momento com o pagamento de um valor de trinta mil kuanzas cujo objectivo não especificou.


Os detidos não conseguem pagar tal valor daí a sua permanência na cadeia. A senhora, ora detida, avança a fonte, estará a cuidar de um menor de idade o que está, prosseguem os relatos, a dificultar e preocupar os outros familiares em liberdade que pouco ou nada podem fazer por suposta pobreza reconhecida.


Até ao fecho desta matéria, madrugada de segunda-feira, 26, os dois detidos encontravam-se nas celas da Unidade policial sem saberem o que fazer já que os familiares não conseguem reunir o dinheiro pedido pela Polícia Nacional do Uíge.


Contactada a Polícia local, um oficial que se encontrava em serviço, sem gravar entrevista e solicitando anonimato informou, ao Pérola das Acácias, que os dois indivíduos encontram-se detidos apenas como forma de cumprir a exigência dos familiares do ofendido que se mostram furiosos e com tendência de fazer justiça pelas próprias mãos. Adianta, por outro lado, que os trinta mil kwanzas que a Polícia estará a exigir dos detidos servem, única e exclusivamente, para assumir o tratamento do ofendido e enquanto isso os tios do agressor foragido vão permanecer nas celas com todas as vicissitudes possíveis da privação de liberdade.