Lisboa  -  O PCA das Edições Novembro (EN) e  Director do Jornal de Angola, Antônio José Ribeiro considerou que  foi graças à clarividência do PR José Eduardo dos Santos  que a empresa  que dirige está no patamar em que se encontra hoje. O gestor público fez estas considerações a margem do aniversário, assinalado no passado dia 26 do corrente mês, data que foi acompanhada com o lançamento de mais uma publicação das  Edições Novembro, neste caso do Jornal “Metropolitano”.

 
* Carlos André
Fonte: Club-k.net
 
No ponto de vista de José Ribeiro, a clarividência do Presidente da República insere se na orientação de uma maquina de impressão   rotativa que proporciona este crescimento da empresa.  Disse ainda que o PR quando inaugurou a máquina, em 2008, lhe pediu para fizesse mais e melhor e que esta era a resposta ao repto do presidente, José Eduardo dos Santos.
 
 
De acordo com antecedentes tratou-se de uma maquina de impressão   em que varias vezes José Ribeiro foi citado como tendo desrespeitado a ordem presidencial. Ao  invés de comprar uma máquina nova, adquiriu uma em terceira ou quarta mão, na Alemanha, como se de nova se tratasse. A máquina de tão velha, tem problemas técnicos constantes que forçam a prolongadas paragens.
 
 
A referida máquina de quarta de terceira mão, fruto de um esquema de sobrefacturação,  envolvendo o seu amigo Artur Queiroz,  custou 18 milhões de dólares aos cofres de Estado angolano.  Posta em Luanda, a máquina apresentou problemas nos primeiros anos levando com que Ribeiro e Queiroz   recorressem a técnicos portugueses para montagem da mesma  cuja as peças, o fabricante deixou de produzir.  
 
 
Mais tarde, José Ribeiro fez acordo com um grupo editorial espanhol para manutenção da máquina e formação de técnicos gráficos. O acordo ficou em cerca de dois milhões de dólares aos cofres do Estado. 
 
 
O acordo foi rompido sem que se formasse um único técnico e com os espanhóis a ver papéis na manutenção das permanentes avarias da máquina que por ser muito antiga não encontra peças sobressalentes no mercado internacional, tendo muitas vezes de serem propositadamente fabricadas.
 
 
Para camuflar a situação, JR recorre frequentemente à Dammer para imprimir o Jornal de Angola  e o Jornal dos Desportos, mantendo-nos integralmente a cores, já que a outra máquina rotativa adquirida e anunciada pelo Luís Fernando como a mais moderna de África só tem capacidade de imprimir 4 paginas a cores.
 
 
Neste exacto momento, o Jornal de Angola deve milhões à Dammer e outros fornecedores, situação que contraria as afirmações de José Ribeiro segundo as quais a empresa goza de uma situação financeira confortável. Também pela primeira vez, os trabalhadores começam a queixar-se de atrasos de salários  sendo  que a folha é superior à dotação do Estafo.
 
 
A crise financeira do Jornal de Angola é resultado da falta ou redução de publicidade da publicação, acrescida de prejuízos das suas vendas. Há informações que atestam esquemas de desvios de jornais que deveriam ser enviados para as províncias mas que acabam por ficar em Luanda.
 
 
O Diretor José Ribeiro retirou às competências do administrador financeiro,  Eduardo Minvu passando ele próprio a gerir pessoalmente todos os movimentos financeiros da empresa e praticamente todos os demais pelouros.