Bissau - O embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Brito Sozinho, entregou hoje à representante do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Giuseppina Mazza, 250 mil euros de apoio às eleições presidenciais do país.

"Esta contribuição junta-se a de outros parceiros que também responderam positivamente às solicitações das autoridades nacionais para apoio às eleições presidenciais antecipadas", afirmou Giuseppina Mazza, também coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas.

"Como o presidente da Comissão Nacional de Eleições disse hoje de manhã, do ponto de vista material, financeiro e logístico as eleições podem ocorrer na data de 28 de Junho, como inicialmente previsto", acrescentou a responsável.

O embaixador de Angola afirmou que a assinatura de hoje cumpre a "promessa do governo angolano de ajudar para as eleições presidenciais antecipadas".

Sobre os acontecimentos registados sexta-feira no país, o embaixador Brito Sozinho disse que "é preciso que a Guiné-Bissau tenha paz para reconstruir o país".

"Sem paz não há investimentos. Os investimentos só vêm num país onde há tranquilidade e paz. Se não houver paz a Guiné não poderá ter investidores", referiu.

"O único apelo que posso fazer ao povo e ao governo é aquilo que já disse várias vezes: é paz", insistiu o diplomata angolano.

"Os guineenses deviam sentar-se e conversar e perceber o quê que querem, para onde vão, porque a Guiné-Bissau é um país com imensos recursos, e se não houver paz não podem explorar esses recursos", afirmou.

"É preciso que os filhos da Guiné se sentem e conversem sobre os que os divide, porque se não se sentarem para resolver os problemas nunca mais vai haver paz", insistiu o embaixador.

Na sexta-feira, os antigos ministros guineenses Baciro Dabó e Hélder Proença foram mortos por suspeita de envolvimento numa alegada tentativa de golpe de Estado impedida pelas forças de segurança do país.

Baciro Dabó era também candidato às presidenciais de 28 de Junho marcadas na sequência do assassínio do Presidente "Nino" Vieira a 02 de Março, depois do chefe das Forças Armadas ter sido morto num ataque à bomba.

Na sequência dos acontecimentos, a Comissão Nacional de Eleições guineense decidiu suspender a campanha eleitoral que deveria ter começado sábado.

Fonte: Lusa