COMUNICADO PELO FALECIMENTO DA NACIONALISTA JOSEFA NETO, VENERANDA MÃE ANGOLANA

Luanda - Foi com muita tristeza que o Secretariado do Bureau Político do MPLA tomou conhecimento do falecimento da nacionalista angolana JOSEFA LUÍS ANTÓNIO NETO, que, no seio da Igreja Metodista Unida de Angola, destacou-se, na década de 1960, no apoio à causa libertadora do Povo Angolano, ocorrido segunda-feira, dia três de Julho de 2017, em Luanda, por doença.

Fonte: MPLA

O MPLA recorda esta veterana da Pátria como um dos membros influentes da Sociedade de Senhoras da Igreja Metodista Unida de Angola, presas pela então polícia política portuguesa, a PIDE/DGS, em 1968, após uma denúncia, segundo a qual esta colectividade religiosa apoiava presos políticos angolanos e recolhia fundos para os guerrilheiros da Luta de Libertação Nacional.


JOSEFA NETO, que, à data da sua morte, contava 95 anos de idade, permaneceu sob prisão durante um ano, sem processo nem julgamento, até meados de 1969 e sobre ela pesava o facto de, na altura, ter relações familiares directas com membros da Direcção do MPLA no exterior, com estudantes exilados e com presos políticos, o que a tornava suspeita de apoiar as acções nacionalistas, em prol da Independência Nacional de Angola.


Mãe do também nacionalista Luís Neto “Kiambata”, um dos três militantes do MPLA, que, a quatro de Junho de 1969, tomaram de assalto um avião DC3 da companhia aérea portuguesa DTA, que operava em Angola, obrigando-o a desviar o rumo para a cidade congolesa de Ponta-Negra, que abrigava guerrilheiros angolanos, JOSEFA NETO deixa, para as gerações presentes e futuras, um grande exemplo de patriotismo e de entrega, que enobrece a história angolana.


Nesta hora de dor e de luto, o Secretariado do Bureau Político do MPLA inclina-se perante a memória desta veneranda mãe angolana e, em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do Partido, endereça à família enlutada as suas mais sentidas condolências.

MPLA – COM O POVO, RUMO À VITÓRIA

PAZ, TRABALHO E LIBERDADE

A LUTA CONTINUA A VITÓRIA É CERTA.

Luanda, 04 de Julho de 2017.