Luanda - A Ferrangol, empresa estatal angolana responsável pela exploração de ferro de Cassinga, na província da Huíla, está a negociar com um parceiro estrangeiro o investimento necessário à retoma da atividade, interrompida face à baixa do preço daquela matéria-prima.

Fonte: Lusa

A informação foi avançada, quarta-feira, no Lubango, capital da Huíla, pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz, tendo acrescentado que a produção de ferro de Cassinga, no município da Jamba, deverá avançar em breve.

 

Salientou mesmo que neste momento o projeto está com a Ferrangol, que está a negociar com um "grande investidor de classe mundial" para o regresso à exploração.

 

"Cassinga já esteve numa fase boa, já chegou a empregar 1.200 pessoas, mas, infelizmente, o preço do ferro no mercado internacional baixou e os promotores do projeto começaram a ter dificuldades de manutenção do ponto de vista financeiro", disse Francisco Queiroz.


Segundo o ministro, citado hoje pela agência noticiosa angolana Angop, devido à conjuntura, houve necessidade de se negociar a saída desses parceiros e o Estado assumir, através da Ferrangol, o projeto.

 

"As negociações estão a decorrer bem, e, em breve, voltam [investidores] ao país para mais um levantamento em Cassinga", informou o ministro, manifestando esperança que o projeto arranque "dentro de pouco tempo".

 

O titular da pasta da Geologia e Minas de Angola referiu que as reservas de Cateruca, uma das minas do projeto integrado de Cassinga, já podem ser exploradas, augurando que o novo parceiro da Ferrangol se interesse pela mesma.

 

O projeto integrado de Cassinga conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1,5 milhões de toneladas.