Luanda - Alusivo ao Dia da Mulher Africana, o SAPO entrevistou a empresária e professora universitária Carolina Barros, que ocupa o cargo de directora-geral da empresa de comunicação On Time. Numa conversa descontraída, Carolina falou sobre o que gostaria de ver mudar entres as empresárias africanas.

*Priscila Jorge
Fonte: Sapo

Acredita que o espaço que as mulheres africanas ocuparam no mercado cresceu consideravelmente, uma vez que ganharam mais abertura a nível comercial.

 

“Hoje temos muitas mulheres empreendedoras, ou melhor que sempre empreenderam e, actualmente, são mais visíveis. Há muitas mulheres que se destacam e fazem sucesso na área em que exercem a sua profissão. Se anteriormente faziam as suas actividades de forma informal, hoje elas já podem ser notáveis e respeitadas”, explicou.

 

Com essa visão e a oportunidade de avancar um negócio criativo e lucrativo, Carolina Barros diz que as mulheres estão a contribuir bastante para o crescimento da economia e acrescentou ainda o seguinte: “ Dizem que as mulheres agem sempre de cabeça quente, mas não é verdade. Nós, mulheres, pensamos sempre no pormenor e eu penso sempre na estratégia doméstica. Por vezes, quando em casa falta algo, tentamos sempre arranjar uma solução e é o que tem estado acontecer nas economias, porque as mulheres estão sempre atentas ao cenário, números e sempre a trabalhar em formas de dar uma vida melhor às famílias e isso torna-nos mais flexíveis nos negócios”, defende.

 

Questionada sobre como conciliar a família e o trabalho, Carolina Barros explicou que o consegue naturalmente, mas não é um processo fácil.


“Não é fácil ser mãe, filha, directora-geral de uma empresa, ter parceiros estratégicos dentro e fora de Angola. De certeza absoluta tem um ponto em que falho mais ainda não sei qual é, portanto consigo conciliar”, frisou.

 

Para Carolina as mulheres africanas e empresárias devem apoiar-se umas às outras e darem-se mais oportunidades: “Quando uma mulher vence, a outra também vence e mundo já está com muita guerra para estarmos assim entre nós. Invés de nos invejarmos e pensar negativo sobre o sucesso da outra, devemos pensar que está numa área que pode ser uma mais-valia para ti e vice-versa”, disse.

 

Para finalizar, acrescentou que não devemos ter medo de tentar e correr atrás dos objectivos.

 

“A On time é um projecto que me deu visibilidade mais não é a primeira empresa que constituí e também já falhei, caí várias vezes e levanto sempre e, para mim, o mais importante é não ter medo de tentar”, frisou.