Luanda - A candidatura da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) às eleições gerais angolanas, liderada por Lucas Ngonda, prometeu hoje criar vilas habitacionais a baixo custo "para melhor acomodar as populações" e cooperativas para a mulher "zungueira".

Fonte: Lusa

O líder da FNLA, candidato à eleição, indireta, a 23 de agosto, para Presidente da República, esteve esta semana na província da Huíla, com passagem pelo mercado do Mutundo, no Lubango, onde aproveitou para destacar a importância histórica daquele partido, então como movimento de guerrilha, no processo de libertação nacional.

 

"É o partido que trouxe a independência e que pode trazer muito mais", afirmou Lucas Ngonda.

 

O partido recorda hoje o aniversário da morte - ocorrida a 02 de agosto de 2007 -, do nacionalista Holden Roberto, fundador da União dos Povos do Norte de Angola e mais tarde da FNLA.


Com a campanha eleitoral em curso em todo o país, o porta-voz da FNLA, João Bengui, sublinha as propostas que o partido está a levar, para já, ao interior de Angola.

 

"A própria habitação para a população continua precária, apesar das centralidades. Pretendemos criar vilas habitacionais para melhor acomodar os angolanos com uma renda equiparada com as condições de vida das populações, bem como construir escolas para filhos dos antigos combatentes que continuam esquecidos", disse o porta-voz da campanha eleitoral da FNLA.

 

Criar cooperativas para organizar a atividade das "zungueiras", as mulheres que se dedicam à venda ambulante nas principais cidades do país, são outras propostas que a FNLA está a levar aos eleitores, nesta campanha eleitoral.

 

Depois de ter realizado atividades políticas nas províncias do Bié, Cunene, Cuando-Cubango e da Huíla, a FNLA realiza hoje uma passeata na província de Benguela antes de regressar à Luanda.

 

"A primeira fase do nosso programa pelo interior do país terminou e teremos agora de conceber um novo programa para a zona leste do país", explicou João Bengui.

 

A campanha eleitoral em Angola arrancou a 23 de julho e estende-se até 21 de agosto.

 

à luz das constatações nas localidades do país por onde esteve a caravana do seu partido, João Bengui concluiu que "as eleições serão bastante renhidas" e "com entrega total de militantes e da população".

 

"Sendo urgente a solução da falta de água, energia elétrica, saúde - que apesar de grandes hospitais nos mesmos não existem medicamentos. Temos escolas, mas os estudantes vão sem material escolar e a monodocência tem debilitado muitos alunos, que até a 5.ª classe não sabem ler nem escrever", concluiu.