Luanda - O cabeça de lista do Partido de Renovação Social (PRS) às eleições gerais de 23 de agosto defendeu hoje que Angola precisa de um novo paradigma de governação para atender a todas dificuldades e reduzir assimetrias.

Fonte: Lusa

Em declarações à Lusa, após o périplo que efetuou pelas províncias do sul, Benedito Daniel, presidente do partido e candidato à eleição, indireta, para Presidente da República, afirmou que a primeira fase da campanha foi positiva, insistindo o PRS na introdução do federalismo no país.

 

"A nossa mensagem continua centrada no federalismo e na necessidade de um novo paradigma de governação para o país. O nosso balanço é positivo, em todas as províncias tivemos contactos com o eleitorado e fomos bem recebidos", disse.

O partido defende o federalismo, com maior autonomia das atuais províncias, como forma de combater as assimetrias entre as várias regiões de Angola.


Num comício realizado terça-feira no Sumbe, capital do Cuanza Sul, Benedito Daniel defendeu que a terra deve ser, legalmente, "propriedade originária do povo", como forma de promover a agricultura familiar.

 

"E iremos colocar na província do Cuanza Sul uma universidade agronómica. Só a universidade agronómica pode proporcionar o desenvolvimento agrícola desta província", defendeu o candidato do PRS.

 

O partido concentra-se quinta-feira em campanha eleitoral em Luanda, depois de já ter passado, desde 23 de julho, pelo Huambo, Bié, Cuando-Cubango, Huíla, Cunene, Namibe e Cuanza Sul.

 

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, com seis formações políticas concorrentes - MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN - contando com 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A campanha eleitoral em Angola decorre até 21 de agosto.

Nas eleições gerais são eleitos o parlamento, o Presidente da República e o vice-Presidente.