Luanda - O que eu saiba, cada cidadão angolano devidamente identificado, socialmente e politicamente apto tem direito de eleger ou ser eleito conforme estipula a constituição, uma vez que reúne as exigências desta. Em Angola se persiste falando teoricamente das eleições livres e democráticas não só para fintar a opinião internacional mas também para manipular a consciência angolana e torna-la cativo do sistema. Voila! mais uma vez Angola vai desperdiçando milhões de dólares nessas eleições premeditadas, arquitectadas com um vencedor digitado, antecipado e pre-eleito quando o povo continua lacrimejando com dores e angústia no padecimento.

Fonte: Club-k.net

Creio que faço parte dos poucos angolanos que não admitiram suas capacidades de percepção, raciocino e expressivo fossem monopolizadas, nacionalizadas e corrompidas, por isso tenho usado todos os poderes que me foram divinamente conferidos para compartilhar as poucas ideias com patrícios da terra. A minha opinião só pode ferir aqueles que escolheram a via de viver e operar em cima da lei, que produzem fora das normas e dos que são classificados como lambebotas.

 

Neste precioso momento os angolanos devem ter esta interrogação flutuando sua consciência. Sabemos que a história do nosso povo tem sido completamente e totalmente deturpada portanto a verdade nunca muda de cor. Felizmente existem ainda angolanos que detêm ou testemunharam a verdadeira verdade. Vejamos uma coisa: desde 1975 ate hoje, Angola foi e continua sendo dirigida pelo poderoso MPLA. Este com o qual conhecemos varias fases, partindo do período da instalação ideológica ao proletariado, das guerras e lutas, do colonialismo ao comunismo, da dita democracia a cleptocracia. Essas transições constituíram a cronologia da nossa falsificada história de 42 anos de sofrimento. Durante 42 anos tivemos 2 presidentes do MPLA: Agostinho Neto (1975-1979) e José Eduardo dos Santos (1979 ate o presente). O primeiro viu encurtado seu mandato com um saldo negativo mas justificado e o segundo adicionou mandatos por mandatos também tendo saldos sucessivamente negativos e assombrados. Sub a direcção do MPLA Angola viveu longos tempos do comunismo, onde a palavra eleição não constava no dicionário da sociedade. Na ideologia do MPLA, a visão incontestável é dirigir eternamente sem oferecer brechas a qualquer outro partido para contribuir a edificação de uma Angola nova e prospere. Assim continua labutando para findar com outros partidos históricos, tanto emergentes, excluindo também outras tribos que não acatam sua mentalidade.

 

Aproxima-se as ditas eleições e os angolanos estão dispostos para votar. Diz-se as eleições são ou serão justas e democráticas mas as sequelas das fraudes já estão omnipresentes como na outrora e habito. Em contexto eleitoral os africanos são recordistas no tempo de obtenção de resultados, pois em Africa já se conhece o vencedor antes do início da maratona. E Angola do MPLA pertence a família de peritos em fraudes em colaboração com Brasil e Rússia. Na lógica sociológica e politica eleger é um direito cívico nacional e patriótico, é uma responsabilidade humanista mas também um direito divino para cada cidadão duma pátria. Esse direito deve ser aproveitado porque marca a nossa própria historia como cidadão de uma Soberania. Quando as eleições são livres e democráticas, cada cidadão deve ter a liberdade e paz de eleger conforme a sua vontade; quer dizer sem sofrer pressões, influencias e que não seja teleguiado. Nesta liberdade não pode haver ameaços, medo, manipulação, promessas corruptíveis, consequências nefastas e outras formas de apertos externos. Isto é o que se chama exercer seus direitos livremente.

 

A escolha não deve ser instintiva, emulativa, imitativa mas tem de ser o resultado de análises profundas do eleitor. Ela não deve ser emocional mas uma reflexão calculada, para não dizer cientifica. A observação de cada indivíduo que facilita a escolha deve se basear na experiência histórica do nosso povo e de cada elemento mas também da visão ou expectativas. Como todo angolano consciente ou patriota eu perguntaria: o que fez o MPLA desde 1975? O que JES fez na sua governação desde 1979? Estas perguntas dariam luz para renovar a confiança ao MPLA e João Lourenço ou rejeita-los completamente.

 

No passado o MPLA prometia-nos o bem-estar social. Esta promessa caiu hoje no esquecimento porque a visão do Movimento Popular da Libertação de Angola/PT difere na dos Milionários Promovidos pelos Ladroes de Angola. Talvez a mudança de dirigentes no topo da hierarquia partidária ocasionou esta mudança de visão. A queda do murro de Berlim marcou o fim do comunismo em Angola, que logo abraçou a democracia. Logo para o dirigente angolano, a democracia tem uma definição que se completa pelos actos vergonhosos deste. Como o poder do MPLA se caracteriza por um enriquecimento rápido e escandaloso não só do dirigente mas incluindo sua parentela. Assim a riqueza de Angola continua como partilha de um grupo limitado de angolanos e estrangeiros que participem activamente na pilhagem desta terra. Este círculo que manda e determina com a mão de ferro e coração de bronze tem feito o possível para conter a maioria da população na miséria e no sofrimento.

 

O MPLA que prometera fazer de Angola um paraíso africano, só conseguiu ascender o fogo colocando o angolano numa temperatura atmosférica igual a do inferno, de certeza com a ajuda da domesticada Igreja. Eis a razão de tantos choros, miséria, sofrimento e desespero. Visto tudo isto, é tempo de conscientemente questionar: se em 42 anos do poder do MPLA não se conseguiu mudar o destino de Angola, como será possível agora mudar este destino num mandato? Alguém pode ter uma opinião diferente pois todos não vimos da mesma forma ou do mesmo ângulo. E a liberdade não é uma propriedade privada controlada por um clã dominante. A lógica sociopolítica prova que qualquer partido que produz um sistema nunca consegue criar um novo anti sistema para combater o velho. Assim o MPLA que fabricou ou germinou a corrupção não poderá nunca combater a mesma. A resolução da equação angolana não reside simplesmente na mudança na Presidência, pois a visão é da família com uma bandeira que tem martelo para decimar e derramando continuamente sangue da população. Diz-se: ''uma vez cão; sempre será cão'' Noutra linguagem disse-se: ''mesmo carro, mesmo motor mas só se mudou a pintura e o motorista''.

 

Me lembro ainda alguém que uma vez diz: ''encontrei a pobreza em Angola e não estou preparado para acabar com a pobreza dando mais que a população jovem de Angola é constituída por frustrados''. Sim com certeza já havia pobreza em Angola, e é um sujeito indiscutível, mas, a actual pobreza é fantasmada obra do MPLA! Já tínhamos a nossa pobreza mas não chorávamos como hoje. Tínhamos miséria mas comíamos a nossa mandioka. Sim, o MPLA não inventou o negativo angolano mas ajudou a instalação e expansão do negativismo, onde tudo é mais difícil para o angolano enquanto estrangeiros vão florescendo.

 

Para melhor ver e entender a pobreza de Angola convém ainda ou primeiro ver e analisar a fortuna de milionários angolanos que surgiram nesta década. São do MPLA, fazem parte da família MPLA e são os únicos que vivem alegremente, colonizando a maioria. Não me digam que é inveja! Desde 1992 ate hoje Angola produziu homens com mais dinheiro que o Presidente Donald Trump realizou em toda sua vida mesmo nascido já numa família cujo pai era milionário.

 

Este é o momento dado aos angolanos para decidir o seu futuro; momento decisivo. Estás livre de escolher; pois tem direito a escolha. Decide hoje o seu futuro, negando viver com promessas mal executadas e não cumpridas. Chegou o tempo de dizer basta as mentiras! Podem os angolanos mandar parar o comboio da miséria. Negam a pobreza e refutem o sofrimento. Escolhem um governo consciente: governo que tem alma. Então quem votar pelo MPLA, escolhe a miséria, sofrimento e escravatura. Estamos cansados ver os corpos dos nossos filhos botados aos jacarés ou mortos a tiro só porque reclamaram suas liberdades. Estamos cansados de ver os nossos pais no desemprego. Estamos cansados de contar mortos nos hospitais que são reais matadouros! Estamos cansados do MPLA, sabendo também que João Lourenço não trará nada de diferente: farinha do mesmo saco!

 

Quem tem ouvidos, vote pela alternância!

 

Nkituavanga II