Lisboa - Os membros do próximo executivo angolano - em caso de vitória do MPLA - deverão ser escolhidos pelo actual Presidente José Eduardo dos Santos.  A revelação é de fontes internas que alertam que no decorrer do último congresso JES sofisticou os estatutos partidário retendo a si, está competência.

Fonte: Club-k.net

 Estatutos do partido  dão-lhe esta competência

 

Eduardo dos Santos é ainda o Presidente do MPLA e conforme determinam  as suas competências como líder do partido (linear m, do artigo 74) é sua competência “propor e submeter, ao pronunciamento do Bureau Político, a composição orgânica e nominal do Executivo”.  João Lourenço é apenas o Vice- Presidente do partido e os estatutos não lhe conferem esta competência.

 

De acordo com interpretações, o líder do partido deverá propor a composição do próximo governo e de seguida submeter ao Presidente eleito da República - se este, for o candidato do seu partido – para a conformar a  nomeação formal no quadro da constituição angolana.


A actual constituição atípica imposta pelo Presidente José Eduardo dos Santos em 2010, foi calculada no sentido de colocar o Presidente da República eleito, subordinado ao líder do partido que ganha as eleições em Angola. 


Segundo  informações  que o Club-K teve acesso, o MPLA adoptou como critérios para composição do próximo executivo, os requisitos de nomeação, a semelhança do que faz o ANC, na África do Sul, em que são apenas elevados para cargos de ministros os quadros que constam na sua lista de candidatos a deputados às eleições. Assim sedo Quadros como Eugénio Laborinho, Archer Mangueira, Adão de Almeida deverão manter-se no executivo. O agora apartidário Fernando Heitor que tem se manifestado disponível para um cargo no próximo governo do MPLA, deverá ser posto de lado por não integrar as listas de deputados do partido do regime que ele criticava no passado.


Ainda conforme dados obtidos pelo Club-K, deverão ser nomeados quadros jovens (que não estão na lista de deputados) para cargos de secretários de Estado no próximo executivo. Até o primeiro semestre do corrente ano, o nome da psicóloga Noelma Viegas d'Abreu e membro do Comitê Central esteve a ser sondada como futura secretaria de Estado para educação.