À
TPA e TVZIMBO
É com muita atenção e preocupação que tenho acompanhado os noticiários das duas grandes cadeias televisivas no país onde não se fala de outra coisa senão o processo eleitoral em Angola, ainda bem que assim é.
Vale lembrar que no dia 23 de Agosto de forma civilizada os cidadãos exerceram o direito ao voto. Pena que essa civilidade não foi verificada por parte do órgão que tem a competência de organizar o processo
No meio de tudo isso, chamou-me a atenção os programas de debates e análises que essas duas cadeias televisivas têm-nos proporcionado que, de certa maneira, confunde cada vez mais o eleitorado. Vimos isso durante a campanha e mesmo cenário no pós-eleições onde as mesmas pessoas são sempre convidadas para falar do processo e não trazem nada, ou seja, não acrescentam nada para o entendimento e a coesão nacional.
Até podemos entender e respeitar que são as opiniões deles, somos um país com cerca de 27 milhões de habitantes e torna-se cansativo e desgastante quando no meio dessa multidão toda ouvirmos sempre as mesmas pessoas e com mesmas ideias.
Neste momento, o país está a viver uma paz em estado de incubação (incubado) onde as expectativas e os sonhos atingiram o seu ponto mais alto e a comunicação social joga um papel preponderante no aproximar e na convivência social entre os cidadãos com o alargamento de várias opiniões. Agora quando a TPA e TVZIMBO nos seus programas convidam sempre as mesmas pessoas os chamados fazedores de opinião, antes que fossem!...
O país precisa ouvir outras vozes em relação ao momento que se vive, estamos cansados de ouvir os destruidores de opiniões. Por isso sugiro a TPA e a TVZIMBO o seguinte:
Convidem os líderes associativos nos vossos programas;
Façam debates nas aldeias, bairros e quimbos. Sejam os verdadeiros porta-vozes dos cidadãos;
Convidem sobas e seculos e entidades religiosas para apelarem e aconselhar a CNE a agir com sentido de justiça no processo eleitoral, concretamente, na divulgação dos resultados.
Convidem os estudantes a debater o país.
Luanda, aos 29 de Agosto de 2017
Atentamente;
João Malavindele
Activista (OMUNGA)