Luanda - Os resultados finais das eleições gerais de 23 de agosto, divulgados esta quarta-feira pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), confirmam João Lourenço como novo Presidente de Angola, com 61,07% dos votos alcançados pelo MPLA.

Fonte: Lusa

O anúncio foi feito pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, em conferência de imprensa, para divulgação dos resultados definitivos das eleições gerais angolanas, que confirma também Bornito de Sousa novo vice-Presidente da República.

 

A Constituição angolana prevê que o cabeça de lista do partido mais votado em eleições gerais seja automaticamente nomeado Presidente da República.

 

Os mais de 4,1 milhões de votos no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, há 42 anos no poder em Angola) e a vitória em todas as 18 províncias angolanas traduzem-se em 150 deputados (menos 25 do que nas eleições de 2012), os suficientes para garantir a maioria qualificada na Assembleia Nacional (com 220 assentos).

 

Os resultados definitivos indicam ainda que a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) é a segunda força política mais votada, tendo conseguido mais de 1,81 milhões de votos (26,67%). A UNITA conseguiu 51 deputados.

 

A coligação de partidos Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) ficou-se pelos 643,9 mil votos, o que corresponde a 9,44% da votação global e traduz-se em 16 assentos. Nas eleições de 2012, a CASA-CE tinha conseguido apenas oito mandatos.

 

O Partido da Renovação Social (PRS) alcançou 92,2 mil votos (1,35%), elegendo dois deputados, enquanto a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) conseguiu 63,6 mil votos (0,9%) e elegeu um parlamentar.

 

A Aliança Patriótica Nacional (APN) reuniu 34,9 mil votos, ficando sem representação parlamentar.

 

A UNITA, a CASA-CE, a FNLA e o PRS apresentaram na terça-feira três novas reclamações quanto aos resultados das eleições, mas a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) declarou-as hoje improcedentes, acusando as formações de estarem a "agir de má-fé".

 

Anteriormente, estes partidos tinham apresentado outras reclamações, alegando irregularidades nos resultados provinciais definitivos.

 

A 30 de agosto, o Tribunal Constitucional angolano julgou improcedente o pedido de impugnação apresentado CASA-CE, sobre a divulgação dos resultados provisórios das eleições gerais de 23 de agosto.