Luanda  - O cantor Titica, (para nós continua a ser homem, aliás, assim reza o seu bilhete de identidade) afirmou, em entrevista a uma TV Brasileira, que “a homossexualidade é crime em Angola”, como atesta a nota de rodapé junta à imagem do mesmo.
 
Fonte: Club-k.net
 
Vista e analisada – a imagem – e em atenção a forma como o pronunciamento foi feito, não nos restam dúvidas de que o Mundo ficou a saber que, efectivamente, em Angola a homossexualidade é crime e com isso a penalização dos seus aderentes!
 
 
Esta ideia que ele fez transpirar mancha, em nosso entender, salvo opinião contrária, o nome do País que, para todos os efeitos, não tem tipificado, no Código Penal ou noutra legislação avulsa o crime de homossexualidade. Como se diz nos cânones jurídicos “o que não é proibido é permitido e o que é permitido não é proibido.”
 
 
No entanto, sem entrar em detalhes no campo jurídico, temos apenas que frisar que tal pronunciamento resulta, eventualmente, de um desconhecimento que, aliás, domina boa parte dos músicos angolanos e o jovem Titica não saiu da cartola. Domina porque esta parte a que nos referimos prefere ocupar o tempo todo dedicados à música e não a formação, por exemplo.
 
 
Mais do que isso, apesar da gravidade que acarreta, entendemos que o silêncio ensurdecedor adoptado por algumas instituições do País, que vivem do dinheiro público para cuidar da boa imagem deste é inaceitável.
 
 
É o caso do “GRECIMA” que tendo como objecto social a comunicação e imagem do País não pode ficar indiferente com tais declarações, pois, entendemos que aos olhos daqueles Países que têm, hoje, liberalizada e tipificada a homossexualidade como prática normal, casos de Portugal, França, Inglaterra etc ouvir um pronunciamento destes deixa uma ideia de se estar diante de uma Angola antiquada.
 
Ao Titica, um recado básico: é preciso saber o que dizer, pois isto que disse equivale, no nosso entender, àquilo que alguns políticos ouviram e questionaram tendo mesmo afirmado na altura que se  estava a sujar o nome de Angola lá fora quando se referiu que Angola precisa de uma nova independência.
 
 
Não precisa, procurar auxilio no Brasil porque os angolanos jamais, pelo menos neste momento, aceitar que se banalize a vida. Que se coloque em causa a continuidade da espécie humana. Que se contribui para a vandalização, futilização da sexualidade e, por isso, cá estarão – incluindo nós – para tudo fazer tendente ao impedimento de tais imoralidades.
 
Sejais homossexuais a vós, disso nada ou pouco podemos fazer, mas o mesmo não admitiremos se entenderem levar acabo uma ofensiva nos órgãos de comunicação social, como fez, para legalizar, institucionalizar e promover uma sexualidade desviada e desviante.