Portugal  - As eleições de 23 de agosto que deram Victória ao MPLA com mais de 61 por cento dos votos, ficou marcada com o pronuncio de afastamento de alguns primeiros secretários províncias e com a ausência dos cabos eleitorais   do partido.

 Fonte: Club-k.net

Depois da saída do general Kundi Paihama, o Huambo ficou bem serviço com o Primeiro Secretario João Baptista Kussumua. E para o desagrado dos quadros surgem a noticia de que ele poderá não mais continuar porque estão a defender que os governadores que não “bateram” 5 a 0, nas suas províncias deverão ser substituídos. Kussuma encontrou o partido quase que em baixo depois das falhas cometidas pelo general Kundi Paihama  que fizeram com que muito votassem para o outro lado. Vale também recordar e não ignorar que o Huambo teve desde sempre municípios bastiões da UNITA, isso desde 1975. Trata-se de um facto que ninguém pode ignorar.

 

O Primeiro Secretario do Uige Paulo Pombolo    é outro quadro que muito tem feito pela província. Perdeu desta vez um deputado. Não obstante a isso, defende-se a permanência do mesmo nas suas funções pelo avanço que se tem registrado nesta província desde a sua chegada. Por isso mesmo veem a proposito esta abordagem para chamada de atenção ao BP do MPLA, para estudar seriamente a proposta que visa afastar primeiros secretários das províncias que não conseguiram eleger os cinco deputados ou que perderam.

 

Um outro caso tem haver com o  empresário e sobrinho do Presidente José Eduardo dos Santos, Banto dos Santos Kangamba, rosto visível e fundamental na mobilização do eleitorado afeito ao partido, sobretudo, nas zonas periféricas que  foi desta vez preterido em favor de figuras geralmente pouco conhecidas junto das massas: como é o caso de Job Capapinha, a associação AMA – ANGOLA, Leonel da Rocha Pinto, da Multiparques e Sérgio Luter Rescova Joaquim, primeiro Secretario Nacional da JMPA.

 

         De acordo com fontes ligadas ao Palácio Presidencial da Cidade Alta, o facto deveu-se a uma suposta proposta para ascensão de Bento Kangamba ao Bureau Politico do Comité Central do MPLA, que desagradou alguns “Gerais Afectos ao Palácio da Cidade Alta”, que lhe terão feito a cama junto ao Chefe de Estado alegando questões ligadas com a justiça estrangeira.

 

        As questões  jurídicas tanto como as do Brasil e Portugal   terão deixado de surpresa muito boa gente, já que tanto a justiça brasileira como em Portugal ilibaram o general de todas as acusações.

 

O empresário é descrito como uma pessoa que não tem mãos a medir quando se trata de trabalhar para o partido. Foi assim que no momento cruciar da campanha, o também “empresário da juventude” saiu em apoio do primeiro secretário provincial do MPLA em Luanda, Higino Carneiro, no sentido de recuperar os votos do eleitorado da principal praça eleitoral do país.  Bento Kangamba foi um dos poucos políticos do MPLA a recusar- se a assumir, por vontade própria, a cadeira de deputado a assembleia nacional em 2012.  Kangamba é também descrito como um grande negociador. Pela sua popularidade, o empresário conseguiu travar uma greve dos taxistas em Luanda.

 

Mas, face a este cenário todo, fontes ligadas a Casa de Segurança do Presidente da República, referem que nos últimos tempos o empresário tem estado a recusar a cumprir algumas missões de risco: Sem receios de errar, podemos assumir que o  general da reserva, empresário e dirigente desportivo é tido como um dos políticos mais populares do país, logo a seguir ao actual presidente da república, José Eduardo dos Santos, o exemplo disso foi na campanha eleitoral de 2012, quando o chefe de estado apresentou O empresário ao Eleitoral da Lunda Norte, descrevendo-o como o principal responsável do cenário.

 

        Face a perda do eleitorado do MPLA em algumas províncias do país é descrita como um cartão amarelo, pelo facto do maioritário apresentar-se à campanha com cabos eleitorais completamente desfasadas e que desconhecem a realidade das populações.