Luanda - 1. O Presidente da República nomeou no dia 28 de Setembro corrente os seus auxiliares para os departamentos ministeriais e governadores provinciais que irão tentar executar as insustentáveis intenções programáticas apresentadas recentemente durante a sua tomada de posse.

Fonte: CASA-CE

2. Estas nomeações vieram confirmar as inúmeras alertas que o Conselho Presidencial da CASA-CE tem feito quanto ao perigo da continuação no aparelho do Estado do mesmo partido, com as mesmas pessoas, as mesmas práticas e com os mesmos vícios, que ao longo de décadas, levaram à delapidação do país, como consequência da corrupção e de outros actos ilícitos. o autoritarismo, a má governação perpetrados pelo partido no poder há décadas, retrocedeu o país, levando os angolanos à uma condição de indigência, coabitando com a pobreza extrema e a miséria. Também fomentou a constituição de uma nomenclatura corrupta e insensível aos reais problemas dos cidadãos, e institucionalizou a discriminação dos angolanos no acesso às oportunidades de emprego, de educação e ensino, dos cuidados médicos e medicamentosos, etc.

3. Para o Conselho Presidencial da CASA-CE, estas nomeações são prova inequívoca de que os angolanos, mais uma vez, foram enganados com falácias propagandísticas sobre uma eventual constituição de um governo cujo critério seria a meritocracia, a excelência e a inclusão. No actual contexto em que o país se encontra, de profunda crise económica e financeira, as decisões para a composição do Poder Executivo não deviam ser circunscritas à natureza político partidária dos seus componentes, pois este critério não valoriza as mais valias intelectuais, necessárias para a recuperação económica.


4. O Conselho Presidencial da CASA-CE manifesta, nesta ocasião, a sua profunda preocupação pela forma como o actual Conselho de Administração da SONANGOL liderado pela Engª Isabel dos Santos tem gerido os recursos humanos da empresa, excluindo e discriminando os angolanos em benefício de outras nacionalidades. Num contexto em que os angolanos com formação superior no sector petrolífero estão desempregados, não é admissível que a SONANGOL, empresa pública do Estado angolano, adopte a estratégia de contratação de expatriados para posições de destaque na empresa.


5. No quadro actual de incertezas quanto ao futuro, o Conselho Presidencial da CASA-CE, mais uma vez, reafirma a sua predisposição de continuar a luta democrática dentro das instituições e fora delas, nos marcos da Constituição e das Leis, com o único propósito de bem servir os interesses de todos os angolanos. Mais ainda, o Conselho Presidencial da CASA-CE, assegura que tudo fará para defender os mais nobres desígnios de todos os angolanos, e em particular os mais desfavorecidos durante a legislatura que agora inicia, através de acções concretas de acompanhamento de todos os actos que vierem a ser praticados pelo actual Poder Executivo e a apresentação ao país de políticas públicas alternativas.

CASA-CE - PRONTOS POR ANGOLA!

LUANDA AOS 29 DE SETEMBRO DE 2017
O CONSELHO PRESIDENCIAL