Luanda - Nomeação de mais estrangeiros para cargos de administração da petrolífera nacional provoca mal-estar no seio da empresa. Paulino Jerónimo executivo da Sonangol exonerado, que foi apanhado de surpresa com aquela que terá sido uma das últimas decisões do Presidente da República cessante.

Fonte: Expansão

Cinco dias antes de deixar o cargo de Presidente da República e de entregar o poder a João Lourenço, a 26 de Setembro, José Eduardo dos Santos exonerou o presidente da Comissão Executiva da Sonangol, Paulino Jerónimo e dois administradores executivos, César Paxi e Jorge de Abreu, e nomeou três novos administradores, um angolano, Ivan de Almeida, e os portugueses Emídio Pinheiro e Susana Cardoso Brandão Costa.


Esta informação consta no Decretos Presidenciais n.º 217/17 e 220/17, publicados a 26 de Setembro, mas com data referente a 21 de Setembro.


Fontes da Sonangol adiantaram ao Expansão que a saída de Jorge de Abreu foi a seu pedido mas, no entanto, as saídas de Paulino Jerónimo e de César Paxi deixaram ambos surpreendidos com a decisão. Segundo as fontes, o facto de terem sido nomeados dois novos administradores estrangeiros para a administração executiva do grupo, naquela que tem sido uma prática da administração liderada por Isabel dos Santos, com a nomeação de vários estrangeiros para as administrações de várias subsidiárias do grupo, está a provocar mal-estar no seio da empresa.


As fontes garantem que os administradores angolanos não vêm com "bons olhos" a saída de quadros angolanos daquela que é a maior empresa nacional. (Expansão)