Luanda – Cabinda é o ponto que mais comentários gera no decurso das novas nomeações. Se gerou uma discussão muito interessante sobre o que se passa em Cabinda com o afastamento da antiga governadora. Cruzam-se duas ideias:

Fonte: Club-k.net

"Primo" sobre o facto defendido nos dois últimos dias em como os cabindas nunca se terem convencido com administração de quem quer que fosse/seja. (Não é verdade).

 

"Secundo", sobre o facto do novo governador, que acaba de tomar posse, ser um general, homem com passagem em meios castrenses. (São receios infundados).

 

Ora, em meu entendimento, num e noutro ponto estaremos em face dum falso problema. Inicialmente, convenhamos que não devemos negar ao facto de que a governação dos anteriores inquilinos que passaram pela província de Cabinda ficou sempre marcado com problemas próprios de cada etapa ou contextualização.

 

Se, por um lado, alguém terá sido bastante incompetente para atender às novas dinâmicas do processo governativo que o país foi dando sinal de atingir, por outro, convenhamos que aqueles que tiveram alguma autuação mais ou menos vistosa deixaram-se eivar por despôsismo.

 

Há muito se adivinhava que a passagem da anterior governadora em nada podia resultar face ao amadorismo por mais evidente com que entendeu actuar mesmo antevendo que a vereda não era a mais certa. Com isso, muito se divida que quem quer que seja que vá governar a província fique abaixo dela. Pior do que está não mais haverá de acontecer, desculpe o surrealismo.

 

E por último, o novo governador indicado para a província de Cabinda vai elevar e recuperar o tecido social de Cabinda pelo facto de que teta resiliência suficiente para não atender os apetites dos senhores influentes situados na capital do país, os tais que dividiam o bolo quase todo deixando apenas um pequeno quinhão para quem governava e sua família.

 

É claro que assim as coisas não podiam funcionar. Ora, como o novo governador e a julgar pela sua disponibilidade, pergaminhos, operacionalidade e racionalidade não mais se repetirá o cenário.

 

Vale por dizer que para se estancar com a sangria em Cabinda a melhor profilaxia passa mesmo por indicar um perfil como do general Eugênio Laborinho. O homem precisa apenas de dialogar e frequentar bem os círculos da capital no afã de resolver os problemas da província. Precisa, acto continuo de estabelecer uma boa chancelaria (representação) da província de tipo como funcionava nos tempos da Maria do Céu para facilitar todo o serviço necessário.

 

Será preciso dialogar e captar bem como contar com a tecnocracia disponível. Cabinda detém muita gente inteligente que precisa apenas de ser compreendida, basta apostar sem preconceito, aliás, numa altura que se abeira a implementação das autarquias nunca será demais equilibrar a sabedoria e dosagem operacionalistica no ataque ao que de nevrálgico abunda.

 

Será preciso fomentar emprego através do apoio às iniciativas privadas de modo a radicar a ociosidade causada pela despedida da força de trabalho jovem no decurso da queda do preço do petróleo cujo impacto mais visível se assistiu na província...