Luanda - Os 373 designados "grandes contribuintes" angolanos, como empresas, bancos ou seguradoras, representam 76% da receita fiscal não petrolífera do país e garantiram 284 mil milhões de kwanzas (1.450 milhões de euros) no primeiro semestre de 2017.

Fonte: Lusa

De acordo com números divulgados pelo Ministério das Finanças, o pagamento de Imposto Industrial continua a ser o principal contributo destas empresas, apesar do recente corte nesta taxa, que passou de 35 para 30%.

 

Atualmente, a lista dos Grandes Contribuintes da Administração-Geral Tributária (AGT) angolana é composta por 373 empresas, de acordo com a reavaliação feita em julho último pelo Ministério das Finanças, uma diminuição face às 547 que antes tinham aquele estatuto.

 

Empresas portuguesas como a petrolífera GALP, as construtoras Casais, Somague, Teixeira Duarte e Mota-Engil ou o banco Caixa Angola integram este grupo.

 

Com o propósito de aproximar as duas partes, a AGT realizou quarta-feira, em Luanda, um encontro de trabalho com as empresas que integram a lista dos Grandes Contribuintes em Angola.

 

Segundo o diretor da AGT, Hermenegildo Gaspar, a ação destas empresas e instituições é de "extrema importância" para a economia angolana, por contribuírem para o aumento da produção em diversos setores de atividade, pela criação de postos de trabalho, captação de investimentos e divisas para o país, além da própria receita fiscal gerada.

 

Em 2016, a AGT arrecadou cerca de 711 mil milhões de kwanzas (3.640 milhões de euros) de receitas fiscais, excluindo as geradas pelo setor petrolífero, responsável por mais de 95% das exportações nacionais.