Luanda - O fórum para o comércio e investimento entre Angola, província de Guangdong e Macau vai ser um dos destaques da edição de 2017 da Feira Internacional de Macau (MIF), entre 19 e 21 de outubro.

Fonte; Lusa

A 22.ª edição da MIF terá Angola como "país parceiro" e Guangdong como "província parceira", contando com a presença de empresários e representantes políticos que vão apresentar durante o fórum, no dia 19, os últimos desenvolvimentos económicos e o ambiente de investimentos, indicou, em comunicado, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), responsável pela organização da feira.

 

Nos primeiros sete meses deste ano, as trocas comerciais bilaterais entre a China e Angola registaram um aumento de cerca de 50%, e os novos empréstimos de financiamento da China a Angola cifraram-se em mais de 10 mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros), além de vários projetos chineses de construção de infraestruturas no país de língua portuguesa.

 

A província de Guangdong assinou em julho deste ano o acordo-quadro para o reforço da cooperação Guangdong-Hong Kong-Macau e promoção da construção da Grande Baía, que aumentou o desenvolvimento e cooperação económica e comercial entre Guangdong e Macau.


Além da assinatura de protocolos, o fórum contará com sessões de promoção dos mercados e apresentação de temas empresariais de Angola, Guangdong e Macau enquanto plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

 

A 22.ª MIF vai contar com várias zonas de exposição, além de conferências e seminários de promoção sobre diversos temas, bolsas de contactos, destacando-se ainda a mesa-redonda sobre construção de infraestruturas da província de Jiangsu (leste), Macau e os países lusófonos e a terceira edição do fórum de jovens empresários entre a China e os países de língua portuguesa.

 

O crescente interesse nos produtos e serviços dos países lusófonos levou à criação de um espaço individualizado na MIF, designado como PLPEX (Exposição dos Países de Língua Portuguesa), anunciou à Lusa, em julho, Gloria Batalha, administradora do IPIM.

 

Glória Batalha esclareceu que esta decisão de individualizar e colocar a PLPEX ao lado da MIF é o resultado de um trabalho estratégico de reforçar o papel de Macau como plataforma de cooperação entre a China e o bloco lusófono, como definido por Pequim.

 

Macau está empenhado em construir a plataforma de serviços para a cooperação entre a China e os países lusófonos, através de "três centros": serviços comerciais para as pequenas e médias empresas, distribuição dos produtos alimentares dos países da língua portuguesa e convenções e exposições para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

 

A edição de 2016 da MIF ocupou uma área de mais de 30 mil metros quadrados, com mais de 1.600 expositores e delegações de mais de 50 países e regiões.