Benguela - Afinal “azar não é só óbito”. É o que se pode falar da maior decepção, salvo respeitáveis opiniões contrárias, como é óbvio, o caso Fernando Antunes Belo o “eterno” administrador municipal adjunto do Cubal por não constar dos nomeados na província de Rui Falcão Pinto de Andrade.

Fonte: Club-k.net

Depois de sua ascensão na política activa como 2º secretário provincial da JMPLA e como número um do Movimento Espontâneo em Benguela. Esperava-se que aquando da saída de Filipe Domingos como o 1º secretário daquela organização juvenil partidária para deputado eleito na legislatura 2008, quase meio mundo julgava que o “chefe Belo” seria o seu substituto natural.

No entanto foi ultrapassado à direita por David Luciano Nahenda vindo da Ganda como secretário municipal da Jota apesar de uma corrente de contestação “interna muda”. Logo a vontade do partido reinou.


A blindagem estava montada, Belo não chegaria a hierarquia do braço juvenil do partido. Por isso foi consolado como administrador municipal adjunto do Cubal em 2014. Substituindo António Capewa Calianguila que fora para Ganda como Administrador municipal.
“Chefe Belo” tinha como seu superior hierárquico António Saraiva que depois foi exonerado e nomeado como director provincial do Turismo. Quando mais uma vez esperava-se que Belo seria o “big boss”, foi ultrapassado em sentido contrário por Carlos Alberto Guardado em 2015.


Algumas vozes justificavam o seu “fracasso” por razões de inexperiência governativa e portanto precisava de mais tempo.
No presente novo governo pensava-se que chegaria o seu momento. Porém, foi mais uma vez ultrapassado na passagem estreita por Adelta Jorgina Matias, sua anterior subordinada e “aliada” nas fileiras da JMPLA. Pois esta foi eleita 1ª secretária provincial num clima de “votação orientada” em 2014.


Belo mais uma vez, conformou-se com a disciplina partidária porquanto há efectivamente “dois pesos e duas medidas” no seio dos camaradas. Só para citar dois exemplos: Leopoldo Munhungo e António Calianguila saíram de administradores municipais adjuntos para administradores municipais.

Logo para Fernando Belo restam dois cenários possíveis:


I. Obedecendo fielmente à sua chefe Adelta Matias. E se o partido entender, indicá-lo como 1º secretário municipal no Cubal. Lamentavelmente é um pensamento quase impossível não obstante ele ter mais dom para “ cabo eleitoral” do que servidor público. Pois as publicações nas redes sociais são sinais inequívocos desta vocação.


II. Continuar exclusivamente administrador municipal adjunto para que possa ganhar mais maturidade política a fim de que um dia ser catapultado para Benguela na hierarquia do governo ou do partido. Todavia, até lá Belo terá de crescer e fazer uma instropecção da sua vida sobretudo reforçar alianças internas com os “barões” e estar rodeado de verdadeiros conselheiros. Por conseguinte ser mais cuidadoso na gestão da sua imagem (deve saber que nem tudo é público), como bom cristão que é, sabe que um dia Deus proverá.

Domingos Chipilica Eduardo