Luanda - Fernando Garcia Miala, deverá  ser posto em liberdade na próxima semana, caso as autoridades angolanas cumpram com os tramites legais em favor da sua pena de prisão que completa metade do tempo que lhe foi sentenciado dando direito a liberdade condicional.

Miala prisioneiro privado do Presidente Eduardo dos Santos

Em Luanda, analistas independentes são unânimes em dizer que a sua soltura será um teste ao regime. Segundo argumentam, caso não for posto em liberdade, estará diante da “certeza absoluta” que o mesmo é um prisioneiro privado do "inner circle" do Presidente José Eduardo dos Santos.

De entre os quatros antigos responsáveis da direção dos serviços de Inteligência externas, afastados compulsivamente, o General Fernando Miala é o único que continua detido pelo facto de a sua pena ser a maior.

Todos eles foram  julgados em Setembro de 2007 na seqüência de  intrigas palacianas dotadas de informações alegadamente prestadas pelo Brigadeiro Verdíssimo Costa segundo as quais o ex chefe dos Serviços de Inteligência externa teria admitido, numa reunião restrita com os seus antigos subordinados tomar  “medidas activas” contra o estadista angolano.

Miala e o grupo foram expulsos do SIE sem oportunidade de recolher os seus papeis pessoas  no gabinete (que havia sido arrombado) e compulsivamente afastados/ movidos a reforma militar por alegadas intromissões consubstanciadas em escutas telefônicas a figuras do circulo presidencial. O grupo expulso faltou  a uma convocação do CEMG  General Francisco Furtado para dêsgraduação em parada na seqüência da  despromoção militar. Os faltosos foram processados e levados a julgamento a luz das leis “catrenses”.

A direção completa foi julgada com excepção a Constantino Vitiaca antigo director de informação e analise e o Brigadeiro Veríssimo que foi  mais tarde recompensando com o cargo de Director adjunto dos SIE. Vitiaca Benguelense de nascença é considerado peça de importante relevância. Domina dossiês como os das penetrações de redes Islamíticas no pais. Informações plausíveis justificam que Vitiaca só não foi preso porque, no activo, era um gente de inteligência civil (não foi militar).

Em finais do ano passado lhe foi denotado perseguições “secas” e engrenagens de que se receava vir a resultar em susto ou presumível assassinato.

Fonte: Club-k.net