Luanda - Depois de ter dito que a "memória era curta", Isabel dos Santos publicou no Instagram um conjunto de frases elogiosas de presidentes de petrolíferas estrangeiras a que chamou de "Verdades Sonangol".

Fonte: Observador

As “Verdades Sonangol” de Isabel dos Santos no Instagram

Quando foi exonerada da petrolífera angolana Sonangol, Isabel dos Santos publicou um vídeo na sua conta de Instagram onde fazia ver que “a memória era curta”, porque tinha sido sob a sua liderança que a Sonangol tinha “saído de dias dramáticos” e ultrapassado uma “situação de quase pré-falência”. Agora, dois dias depois, continua a saga para expor a verdade sobre a sua exoneração do cargo. Em vários posts no Instagram, a filha de José Eduardo dos Santos publicou um conjunto de frases atribuídas a líderes de petrolíferas estrangeiras com quem trabalhou ao longo dos anos a que chamou de “Verdades Sonangol”.

Uma delas é de Clay Neff, presidente da Chevron África: “Vemos as mudanças que a Sonangol está a fazer com muitos bons olhos. Existe uma colaboração muito positiva entre a Sonangol, a Chevron e os outros membros da indústria para melhorar as condições de investimento em Angola”, lê-se, num fundo amarelo e com o rótulo “Verdades Sonangol”.


Segue-se outra, no mesmo estilo e registo, também elogiosa para a Sonangol de Isabel dos Santos. Desta vez de Eldar Saetre, CEO da Statoil: “Estamos em Angola há 26 anos e por isso temos uma grande experiência neste mercado que tem sido muito importante para a nossa empresa. Sempre tivemos uma relação muito próxima com a Sonangol e queremos mantê-la por muito tempo. Por isso estamos para ficar e encontrar novas oportunidades de colaboração com a Sonangol”.


E por aí fora. Uma outra é atribuída a Patrick Pouyanné, presidente executivo da petrolífera francesa Total, que diz que a “Sonangol está a fazer exatamente aquilo que nós fizemos. Quando o preço do petróleo caiu todos sentimos dificuldades. A sua prioridade tem sido a transformação e equilíbrio das contas, o que tem sido positivo e permite voltar a pensar no desenvolvimento”, lê-se. Desta vez, a frase atribuída a Patrick Pouyanné é acompanhada de um comentário da própria Isabel dos Santos, que enaltece a “relação de trabalho intensa e apoio mútuo durante estes últimos 18 meses” entre os dois. “Construímos soluções para as nossas empresas e investimentos comuns”, escreve.


A primeira publicação da saga “Verdades Sonangol” baseia-se numa imagem, com o mesmo fundo amarelo, onde Isabel dos Santos recorda que em 2014 o custo de produção do barril de petróleo era de 14 dólares e que, após ter assumido a gestão da petrolífera, o preço baixou para metade, para sete dólares.