Luanda - O cidadão Ângelo Tavares (que desempenha a função de ministro do Interior sem brio, sem dedicação e com baixo espírito patriótico) acusou publicamente de má-fé os usuários das Redes Sociais, sublinhando que os mesmos pretendem criar instabilidade no País. Oh, afinal!? Sinceramente, não tinha ciência de que o exercício de direitos como os de Expressão e de Opinião, ínsitos na Constituição vigente na República de Angola, fossem sinónimos de má-fé e que materializando-os, de forma cívico-política com base na urbanidade, constituíssem um atentado à Segurança nacional.

Fonte: Facebook

A julgar pela acusação do ex-futuro ministro do Interior, o PR João Lourenço também está de má-fé e tem agido igualmente de forma pouco ética e responsável com o fito de desestabilizar o País. É que João Lourenço (como qualquer homem hodierno que se preze) usa o Facebook por saber da importância crescente e estratégica das Redes Sociais para o exercício de uma magistratura à altura do século XXI, também conhecido como a “Era da Informação”.


Ora, por ter uma mente medieval, o ministro do Interior, que confunde o órgão que tutela com a “Casa da Música”, entende precisamente ao contrário ao ponto de se atirar contra o próprio Presidente da República e o Estado de direito democrático. Com a sua acusação, Ângelo Tavares, que me nada contribui para o processo de democratização do País e para o dispensável diálogo e aproximação entre governantes e governados, pretendeu intimidar jornalistas e o Estado de direito democrático.


O ministro do Interior afirmou 99% das informações q passam nas Redes Sociais são falsas. Será? Talvez sim, talvez não. Ângelo Tavares acusou, de forma pouco responsável e ética, os órgãos de Comunicação Social públicos de estarem a usar tais informações nos seus noticiários. E qual é o problema? Desde que a fonte seja de confiança e se confirme a informação, os órgãos de Comunicação Social podem sim senhor públicos uso das informações das Redes Sociais.


Aliás, aquando da sua tomada de posse, o PR João Lourenço apelou aos servidores públicos para que “mantenham uma maior abertura e aprendam a conviver com a crítica e com a diferença de opinião, favorecendo o debate de ideias, com o fim último da salvaguarda dos interesses da Nação e dos cidadãos”. Eu pergunto ao ministro do Interior: Qual foi parte do apelo do Mais Alto magistrado da Nação que não percebeu?