Luanda - Das unidades de produção de ração animal aos sumos, passando pelas moageiras, o sector da Indústria fica «muito mal na fotografia», já que parece estar a remar contra a necessidade de promoção da auto-suficiência alimentar.


Fonte: Club-k.net

O Estado investiu largos milhões de dólares em infra-estruturas de apoio à indústria alimentar, como são os casos de fábricas de ração animal, moagens e unidades de transformação de tomate e ananás, nas províncias do Zaire e Benguela, mas a sua exploração, mesmo com candidatos seleccionados, continua «presa» no Ministério da Indústria.


Os primeiros sinais de insatisfação surgem do Soyo, no Zaire, a primeira província a realizar concurso público para o arranque da fábrica de ração animal, uma unidade erguida, entre outros objectivos, com a produção de carne no horizonte.


Revoltados como nunca, os pequenos empreendedores eleitos após concurso promovido pelo Governo provincial exigem que a ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins, faça um esclarecimento sobre o que chamam de letargia. «Preferimos não acreditar que os documentos estejam engavetados no Ministério da Indústria», reclamam empreendedores, acreditando que o mesmo cenário esteja a acontecer em outras províncias, com realce para Benguela, que conta com fábrica de ração animal e moagem, na comuna da Canjala e município do Cubal.


São reclamações, de resto, extensivas à situação de fábricas de concentrado de tomate e de sumo, erguidas em províncias com queixas de produtores que não encontram mercado para tanta produção.