Lisboa –  Alegadas fugas de informação terão levado as autoridades angolanas a abortar  uma planeada  operação relâmpado   destinada a recuperar  “um montante de divisas”  não especificadas num estabelecimento,  nos arredores de Luanda,   associado ao patrimônio pessoal do antigo Chefe da Casa de Segurança da Presidência da República, general Helder Manuel Vieira Dias “Kopelipa”.

Fonte: Club-k.net

SIC de Eugénio Alexandre   atira à bola a  PGR 

De acordo com apurações,  é  imputado   como resultado da falha,  uma alegada indisciplina das forças envolvidas na operação resultando em fuga de informação,  no período em  que aguardavam pela obtenção de autorização. Por envolver o nome de um oficial general, a Procuradoria da República,  do general João Maria de Sousa  deve solicitar autorização ao titular do poder executivo. 

 

Em consequência da fuga de informação foram postas a circular nas redes sócias dados deturpados sobre a operação tal como imputando   erradamente ao SIC- Serviço de Investigação Criminal   a autoria  da operação.  O valor da quantia citada  nas redes sócias,  foram  também exagerados. 

 

Em reação o  SIC, num cauteloso desmentido garantiu  que, ao contrário do que tem sido divulgado nas redes sociais, não confiscou quaisquer valores ao General Hélder Vieira Dias "Kopelipa, deixando por outro lado a  mensagem subentendida   da “existência de valores algures” mas que não foram por si “confiscado”.

 

O comunicado do SIC explica ainda  que tratando-se   de um general de exercito, este acto seria da exclusividade da PGR. Isto é,   o SIC liderado pelo  comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre atribuiu responsabilidades a PGR do general João Maria de Sousa que  até ao momento não  veio desmentir nem confirmar  se o seu órgão está a investigar as alegadas  somas monetárias encontradas numa suposta propriedade  do  general “Kopelipa”.

 

Desaparecimento de “milhões” no BNA na véspera da tomada  de posse

 

Durante a sua visita de Estado a África do Sul, o  Presidente João Lourenco,  ao fazer alusão a escassez de divisas no país,  disse que  todos sabem onde estão os dólares mas ninguém diz nada.

 

Segundo disseram ao Club-K, as declarações do Presidente fazem paralelismo  a um relatório qualificado dando conta de ocorrência de saque aos cofres do BNA, na véspera da tomada de posse do novo Chefe de Estado. 

 

O relatório faz alusão a ida de José Filomeno dos Santos, ao BNA por volta das 19h45 do dia 25 de Setembro, fazendo-se escoltar de  guardas presidências que o ajudaram a levar uma quantia imprecisa de supostos “milhões de dólares” da caixa forte do banco central. Por volta das 21h00, “Zenú” dos Santos estava no aeroporto 4 de Fevereiro, e seguiu viagem numa aeronave privada cujo plano de voo declarava o trajecto Luanda- São Tome.

 

No dia seguinte, Filomeno dos Santos regressou  a Luanda  por volta das 9h40, resultando no seu atraso na cerimonia de tomada de posse do novo presidente   que aconteceu neste dia. 

 

Depois de ter tomado posse, o Presidente Lourenço foi informado sobre o sucedido e por sua vez requisitou esclarecimento sobre o sucedido.  José Filomeno dos Santos, por sua vez,   comunicou  que cumpriu ordens superiores e que do dinheiro teriam restado 300 milhões de dólares tendo garantido  que poderia devolver a caixa forte do BNA.

 

“Somente a PGR pode precisar se os 300 milhões restado do saque ao BNA, correspondem as somas que se diz estarem escondidas na suposta propriedade de um general próximo ao circulo presidencial de JES”, diz uma fonte que acompanha o assunto.

 

De recordar que durante os últimos quatro anos a proteção do BNA ficou sob tutela da guarda presidencial razão pela qual esta instituição esteve vulnerável as “ordens superiores”. Ao mesmo tempo, José Filomeno dos Santos, era ao tempo de Valter Filipe, o filho de JES que mais visitava o BNA. Geralmente aparecia no banco central em horas fora de expediente, depois das 17h30.